igreja perseguida

103 estudantes cristãos são presos na Eritreia por adoração nas redes sociais

Jovens foram presos por vídeos de adoração compartilhados nas redes sociais.

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Prisão (Foto Ichigo121212/Pixabay)

Na última semana, mais de cem estudantes universitários cristãos foram presos na capital da Eritreia, Asmara, após se reunirem para adorar e registrar vídeos para as redes sociais. O ministério Release International informou que os detidos foram levados para a prisão de Mai Serwa, conhecida por suas duras condições, superlotação e maus tratos aos prisioneiros.

De acordo com o International Christian Concern, a prisão arbitrária de cristãos é comum na Eritreia. O país africano é considerado o pior violador governamental da liberdade religiosa no continente, e muitos cristãos são presos por motivos políticos. Além disso, mais de 500 prisioneiros cristãos estão detidos indefinidamente sem julgamento.

Os relatos de tortura e tratamentos cruéis nas prisões são assustadores. Prisioneiros sobreviventes de diversos campos da Eritreia relatam ter sofrido tortura severa e estarem alojados em condições “grosseiramente desumanas”. As minorias religiosas, em particular, são alvo de tratamentos severos.

Essa não é a primeira vez que a Eritreia é condenada por violações aos direitos humanos. Em 2021, a União Europeia condenou o país por “graves violações dos direitos humanos, em particular prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados de pessoas e tortura cometida por seus agentes”.

A situação é alarmante e requer atenção internacional. A liberdade religiosa é um direito humano fundamental, e a Eritreia precisa garantir que seus cidadãos possam praticar sua fé sem medo de perseguição e prisões arbitrárias. Como disse a diretora da Release International, Paul Robinson: “Pedimos orações pelos estudantes presos e suas famílias, e que a pressão internacional seja exercida sobre o governo da Eritreia para que permita que os cristãos adorem livremente”.

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