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A agricultura é uma tradição que deve ser preservada

“Os que atravessam o oceano mudam de céu, mas não de espírito.” – Horácio

em

Campo de Jatiluwih. (Foto: Simon Bardet por Pixabay)

Na chegada no aeroporto em Bali é possível enxergar em letras gigantescas: “O ultimo paraíso na terra.”

Verdade. Suas praias são de uma beleza inigualável.

Temos que aprender que a beleza é um valor tão importante quanto a verdade e a bondade. Infelizmente nos dias de hoje, para o politicamente correto a beleza deixou de ser importante.

E em Bali vislumbra-se o belo através do árduo trabalho dos camponeses.

Trabalhando em terraços nas suas encostas, tem-se uma visão idílica do verde das lavouras.

É o Subak, um sistema voluntário e sem a interferência do governo na gestão da água de irrigação e da produção de arroz.

Mas o interessante é que o campo acima, Jatiluwih, foi considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Há uma placa reiterando que a inscrição de Jatiluwih nesta lista de Patrimônio da Humanidade “confirma os notáveis valores universais de uma propriedade cultural ou natural que merece proteção para o benefício de toda a humanidade.”

É gratificante saber que aqui a agricultura é uma herança, uma tradição que deve ser preservada.

Isto permite dizer que poeta Horácio estava errado. Sim, muda-se de lugares, mas também muda-se os valores.

Em Jatiluwih estes campos de arroz são exaltados e valorizados para o “bem da humanidade”.

Mas no Brasil, país que tem “lindos verdes campos” em seu hino, nosso Código Florestal não permite este tipo de cultivo.

Não digo que temos que mudar nosso Código Florestal, mas os valores da agricultura tem que ser universais.

Não pode a mesma agricultura ser exaltada em um canto e criminalizada em outro.

A História tem que ser uma professora e não uma coveira.

Nós, brasileiros, temos que começar a valorizar a vibrante agricultura que temos.

É através dela, junto com alguns outros setores que escreveremos o nosso futuro.

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