vida cristã

“A divisão política entrou na Igreja”, lamenta pastor

Debates on-line acabam sendo “pedra de tropeço” para muitos evangélicos

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Em várias partes do mundo, há sinais explícitos de uma cultura que se posiciona contra o conservadorismo. Manifestações contra conservadores no campus de uma universidade tem se tornado algo corriqueiro.

“Parece que vivemos um momento de grandes conflitos, as pessoas estão sentindo raiva umas das outras”, enfatiza o pastor e escritor Ed Stetzer à CBN News.

Em seu novo livro “Cristãos na era da indignação: como fazer o melhor quando o mundo está vivendo o pior”, Stetzer comenta que há formas de trazer a cura através da Igreja. “Mas antes que isso aconteça primeiro a Igreja precisa se concentrar em si mesma”, alertou.

“Acho que uma das coisas que precisam ser notadas é que, nos últimos anos, a questão da ‘divisão política’ entrou na Igreja”, observou. Para ele, os cristãos podem evitar certas discussões exercitando melhor seu lado espiritual. “Lendo a Bíblia ou fazendo orações diárias”, sugeriu.

“Meu desejo é que possamos agir, ouvir, falar e amar como Jesus. Tentar fazer o que ele faria nessas situações”, observou. O pastor, que é diretor executivo no Centro Billy Graham, focando em trabalho de evangelismo, disse que a mídia social faz parte desse “movimento de indignação”.

“Muitos cristãos que participam de debates on-line sobre temas polêmicos como casamento gay ou política, não estão preparados. Eles acabam prejudicando seu testemunho por causa disso”, destaca.

Como fazer a diferença

Quando os cristãos vivem “no aquário” eles podem imaginar que todos pensam da mesma forma. “Depois ficam chocados ao descobrir que as pessoas têm cosmovisões diferentes”, especificou.

O escritor compartilhou o resultado de suas pesquisas. Ele descobriu que “os evangélicos gostam de calar as pessoas ou bloquear aquelas que não concordam com eles”. Sendo assim, evitam ouvir pontos de vista diferenciados. Isso acaba se tornando uma verdadeira ‘pedra de tropeço’ para muitas pessoas.

A solução seria “ser exemplo da mensagem do Evangelho”. Segundo Stetzer, essa divisão entre as pessoas não está ajudando em nada, pelo contrário, está prejudicando o testemunho cristão.

“Eu diria que precisamos formular uma mensagem contracultura e entrar numa missão, e não fazer parte dessa indignação. Jesus nos chama para um caminho melhor”, disse Stetzer que desafia a igreja de Cristo a “viver de uma forma que torne o Evangelho mais atraente”.

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