opinião
A família educa e a escola ensina!
“O sistema educacional deve ser compatível com a meta de cuidar da nossa herança cultural” – Roger Scruton
Em 362, o imperador romano Juliano emitiu um decreto proibindo o cristianismo de ser ensinado em qualquer escola, ao mesmo tempo em que instituía a devoção aos deuses pagãos.
Juliano entendia que quem controlava a educação controlava a cultura.
Assim, enquanto os cristãos eram impedidos de ensinar nas escolas, os estudantes que eram cristãos eram aceitos, na esperança de que pudessem se converter ao paganismo.
O imperador assumiu que seu decreto acabaria com o cristianismo.
Mas o erro de Juliano é que ele subestimou o papel que os pais desempenhavam na formação dos filhos.
Sim, a família é a instituição primária encarregada da transmissão dos valores intergeracionais.
Lembrei-me do imperador Juliano quando participei com pais e mães dos Gideões Internacionais em uma distribuição de novos testamentos juntos com filhos e netos.
Temos que entender que ninguém é neutro.
Se a educação não for enviesada pelos valores que você, como pai ou mãe, deseja passar aos seus filhos, ela será preenchida por valores estranhos ao seu objetivo.
Transmitir educação aos filhos é a principal função dos pais, embora hoje este livro exercício tenha deixado de ser um direito garantido e estar se tornando um campo de batalha.
Uma criança ou um jovem entra no mundo necessitado de educação e totalmente dependente dos valores que irão formar o seu caráter.
O Presidente Reagan costumava dizer que “todas as grandes mudanças… começaram na mesa de jantar.”
Para tanto, família e educação devem ser aliadas.
Mas uma coisa precisa ficar claro: professor não é educador, mas um transmissor de conhecimento.
Esta é a realidade já decantada: a família educa e a escola ensina!
Não importa onde, seja na mesa de jantar ou em qualquer outro lugar, é o que você hoje está ensinando aos seus filhos que poderá mudar este Brasil para melhor amanhã.