igreja perseguida

A igreja cresce e floresce graças à perseguição, relata cristão perseguido

Apesar de toda pressão aos cristãos no Norte da África, a igreja tem expandido rapidamente na região

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Para Kabil, cristão ex-muçulmano do Norte da África, nada se compara à vida dada por Jesus (Portas Abertas)

Como em muitos países de maioria muçulmana, cristãos no Norte da África enfrentam perseguição. Na Argélia, igrejas foram fechadas recentemente.

Mas para Kabil*, líder de um projeto de discipulado na região, isso é uma “benção”. “Eu diria que a perseguição nunca é fatal para a igreja, pelo contrário, ela é uma bênção. A igreja cresce e floresce graças à perseguição”, afirma.

“Eu celebro porque a igreja está saudável e florescendo. Eu me alegro porque milhares de pessoas oram ao Senhor e os números são grandes em todos os lugares. A igreja se expande e milhares de pessoas se convertem ao cristianismo. Eu estou muito feliz com o agir de Deus. Mas, é claro, sei que a perseguição pode causar danos a mim ou a minha família”, completa Kabil.

Sobre o fechamento de igrejas na Argélia, ele afirma que há pessoas que se encontram do lado de fora dos prédios desde que as igrejas foram fechadas. Segundo Kabil, precisamos ver o que está por trás disso: “Isso é a mão do Senhor”.

“De acordo com Salmos 126.6: ‘Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria’. Um dia, vamos levar o evangelho para todos os países ao nosso redor. O Senhor se alegrará ao ver pessoas despertando no Norte da África”, diz.

De acordo com o cristão, “atualmente por conta das pregações em quase todos os lugares, o Senhor tem se tornado um assunto diário nas vilas, casas e até mesmo nos governos. Na Tunísia, os cristãos usam as mídias. Eles podem assistir canais de TV e ouvir programas de rádio cristãos. Também podem se conectar pelo Facebook, por exemplo”, explica.

Apesar disso, o islamismo está presente em todos os lugares no Norte da África há quase 14 séculos. Está presente nas casas, na cultura, nas leis, na Constituição e na educação. Cada cidade ou vila tem uma ou mais mesquitas. Os governos investem muito no islamismo. Mas, atualmente, o cristianismo tem crescido mais rápido do que nesses 14 séculos.

“Eu nasci em um país islâmico e, como todos os outros, eu praticava o islamismo em uma mesquita, porque era parte de nossa cultura. Estudei o islamismo e encontrei pessoas praticando-o. Mas minha família não era muito religiosa. Eu orei por um período, fiz jejum, mas em certo ponto, quando fiquei mais velho, comecei a buscar”, revela.

Kabil ficou intrigado porque as pessoas oravam e não recebiam resposta às orações. Ele também tinha dúvidas ao ver o que os muçulmanos faziam em nome do islã. Por isso, passou a levar a vida como uma pessoa não religiosa.

“Perder minha mãe ou minha vida? Nada pode se comparar à vida dada por Jesus. Eu não posso comparar nada ao que Jesus fez por mim. Agradeço a Deus pelo que fez por mim. Tenho visto milagres e sou abençoado em minha família e casamento. Minha mãe continua minha mãe, eu a amo e oro por ela todos os dias para que seja tocada pelo Senhor. Sei que um dia o Senhor tocará minha mãe e compartilharemos a alegria do Senhor juntos”, completa.

A edição deste mês da Revista Portas Abertas mostra mais do que é ser um cristão ex-muçulmano no Norte da África.

Acesse o site para receber a revista e saber mais sobre a perseguição a cristãos no mundo.

*Nome alterado por motivo de segurança.

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