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‘A Paixão de Cristo’: Mel Gibson começará a gravar novo filme
A sequência tão aguardada do sucesso de bilheteira A Paixão de Cristo, dirigida por Mel Gibson, intitulada A Ressurreição de Cristo, começará a ser filmada no próximo verão.
A CEO dos Estúdios Cinecittà, Manuela Cacciamani, informou ao jornal financeiro italiano Il Sole 24 Ore que Gibson e a Icon Productions definiram para agosto a data de início das filmagens. A informação foi confirmada pela Variety.
As filmagens acontecerão nos Estúdios Cinecittà, em Roma, o mesmo local onde o filme original de 2004 foi produzido. A produção também se estenderá à cidade italiana de Matera, bem como a outros locais históricos, como Ginosa, Gravina Laterza e Altamura.
O elenco principal retornará, com Jim Caviezel reprisando seu papel como Jesus, Maia Morgenstern como Maria e Francesco De Vito como Pedro. Gibson, que também coescreveu o roteiro com o escritor de Coração Valente, Randall Wallace, ficará novamente responsável pela direção do projeto.
Em uma entrevista realizada em janeiro com Joe Rogan, Gibson descreveu o próximo filme como “uma viagem de ácido”, destacando que nunca havia lido algo semelhante ao roteiro. Ele também mencionou o uso de técnicas de rejuvenescimento para Caviezel, que agora tem 56 anos, afirmando que essas técnicas estão “tão boas agora”.
Após seu lançamento em 2004, A Paixão de Cristo se tornou o filme com classificação 18 anos de maior bilheteira da história dos Estados Unidos, arrecadando US$ 370,8 milhões contra seu orçamento de US$ 30 milhões. O filme também recebeu três indicações ao Oscar.
Em entrevista, Gibson refletiu sobre a resistência que o primeiro filme enfrentou. “Houve muita oposição a isso”, disse ele, acrescentando que o tema abordado gerou um grande interesse, pois “é um assunto grande”. Ele também explicou que a mensagem do filme era de que “todos nós somos responsáveis por isso”, destacando que o sacrifício de Jesus foi por toda a humanidade, para a redenção dos nossos males e da nossa natureza caída.
Gibson, um católico devoto, considera os Evangelhos como “história verificável”, citando relatos históricos extrabíblicos que confirmam a existência de Jesus de Nazaré. Sobre os apóstolos, ele ressaltou o compromisso deles com a propagação do cristianismo, mencionando que “cada um desses caras morreu para não negar sua crença” e que “ninguém morre por uma mentira”.
No entanto, ele destacou que a ressurreição continua sendo o maior desafio para muitos aceitarem, pois “requer mais fé e mais crença”. “Quem se levanta três dias depois de ser assassinado em público? … Buda não fez isso”, afirmou Gibson.
Em uma entrevista ao The Christian Post, Gibson compartilhou sua afinidade por histórias que abordam a redenção e a necessidade de um Salvador. Ele refletiu sobre os ensinamentos de sua infância, destacando que “somos falhos e cometemos erros” e que “estamos quebrados e precisamos de ajuda”.
O diretor também falou sobre a importância de reconhecer que “há algo melhor do que você”, o que pode levar à humildade, que ele acredita ser a chave para a verdadeira transformação.
Gibson encorajou a próxima geração a manter suas convicções, mesmo diante das dificuldades de uma sociedade polarizada. “Às vezes você é apresentado a escolhas ou colocado em lugares que são muito difíceis, e algumas dessas escolhas são difíceis”, afirmou. “Você só precisa examinar sua própria consciência e tomar o caminho certo.” Para ele, “não há um caminho certo; há um milhão de caminhos errados, e você só precisa eliminá-los ou usar seu melhor discernimento para passar por isso”.
Ele finalizou sua reflexão dizendo: “A vida é difícil. Mas todos nós vamos. Todos nós temos uma pedra que estamos arrastando”.