fé
Ação de evangélicos contra direitos civis de gays vira discussão no Twitter
Usuários do microblog falavam sobre o Estado Laico e condenavam a hipocrisia dos religiosos que criticam o homossexualismo, mas cometem crimes como desviar dinheiro da igreja
Nesta sexta-feira, 1 de julho, o tema mais discutido no Twitter foi o fundamentalismo evangélico, a hashtag #fundamentalismoevangelico foi criada para protestar contra os religiosos que agem contra projetos de leis como a PL 122 e outras que buscam oferecer direitos iguais aos homossexuais.
Fundamentados no artigo da Constituição Federal que declara que o Estado é laico, milhares de mensagens foram surgindo ao longo do dia contradizendo a retórica evangélica e principalmente ofendendo e fazendo chacota contra os cristãos.
Entre as mensagens encontramos algumas como essas: “Não vamos deixar o #fanatismoevangelico tomar conta do Brasil. Eles representam preconceito e atraso. São perigosos e usam os pobres”. Escreveu uma usuária do microblog que entre outros milhares de tuiteiros diziam que os religiosos criticam o homossexualismo, mas cometem outros pecados como desviar dinheiro da igreja.
“A religião e o #FanatismoEvangelico se tornou expressão de ódio, imposição de valores e atentados contra a democracia,” disse outro se referindo aos religiosos que são contra as relações homoafetivas.
Outros, porém defendiam sua fé “Escolher um estilo de vida e tentar dividir com os outros é ser fanático? beleza, então sou mesmo #fanatismoevangelico e não me arrependo.”
“‘Chute na santa’ NÃO PODE, mas exibir ‘santos gays’ PODE! Virou Brasil isso aqui! – Ainda tem petulância de escrever #fanatismoevangelico,” escreveu um usuário cristão.
A hashtag só saiu do primeiro lugar quando no final da tarde apareceu #cristianismogenuino, criado por católicos para defender a fé cristã. Com essas palavras as pessoas usavam mensagens para dizer que ter fé é diferente de ser fanático. Mas apesar da boa intenção, a tag também foi alvo de críticas.
“O #cristianismogenuino é afirmação do sentimento que move os aiatolás do Irã. É a afirmação do ódio ao próximo, e não do amor.” Escreveu um internauta.
Fonte: Gospel Prime