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Achado arqueológico no Iraque revelam evidências dos amorreus bíblicos

Pesquisadores encontram tábuas que indicam língua própria dos amorreus.

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Frente de uma antiga tábua babilônica contendo a antiga língua amorita. (Foto: Cortesia/Rosen Seminar)

A existência do antigo povo amorreu, que foi adversário frequente dos israelitas no Antigo Testamento, tem sido corroborada por duas tábuas encontradas, que são evidências de que os amoritas tinham uma língua própria.

Um artigo de pesquisa intitulado “Two Remarkable Vocabularies” (Dois Vocabulares Notáveis): Os bilíngues amoritas-kkadianos da Revue d’Assyriologie et d’Archeologie Orientale sugerem que não só existia uma língua amorita, mas que possivelmente era usada até a região onde hoje é o Iraque.

Assim, os pesquisadores e autores do estudo, Manfred Krebernik, professor de estudos do antigo Oriente, na Universidade de Jena, na Alemanha, e Andrew R. George, professor emérito de literatura babilônica na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, disseram que alguns especialistas duvidavam da existência da língua.

“Nosso conhecimento de amorreus era tão lamentável que alguns especialistas duvidavam da existência de tal linguagem. As tabuletas resolvem essa questão mostrando que a linguagem é coerente e previsivelmente articulada, e totalmente distinta do acádio”, disseram.

Desse modo, a Sociedade Bíblica de Arqueologia (BAS) observa que os pesquisadores descrevem as tábuas babilônicas antigas, datado de aproximadamente 1894 a.C., como estando inscrito com vocabulários semelhantes e dividido em duas tabuletas.

Desta forma, de acordo com The Christian Post, as colunas da direita estão inscritas na língua acádia, enquanto que a língua usada nas colunas da esquerda é o que os pesquisadores chamam de “Semítica Noroeste, com alguma mistura de acádio”.

Logo, acredita-se que os artefatos são o que a BAS chama de “objetos não comprovados”, provavelmente retirados ilegalmente do Iraque após a Primeira Guerra do Golfo, há cerca de três décadas. Um estudo das tábuas levou os pesquisadores à conclusão de que a língua é uma variedade de amorreu, semelhante em muitos aspectos ao Ugarítico, Hebraico e Aramaico.

Segundo BAS, enquanto a primeira tábua contém listas de divindades, constelações, artigos alimentares e roupas, também tem uma seção escrita inteiramente em amorita, enquanto a segunda tem frases bilíngues tanto em amorita quanto em akkadian.

Por fim, os pesquisadores dizem que além de oferecer mais informações sobre quando e onde as línguas foram usadas, as tábuas também podem mostrar uma ligação entre a língua amorita e o grupo de línguas canaanitas, que também inclui o hebraico e o moabita.

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