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Adultos se vestem como bebês com comportamentos bizarros
Comunidade online foi criada para dar suporte aos adultos que querem vestir fraldas, brinquedos e chupetas.
Laura Pini, de 19 anos, faz regressões infantis supostamente para tentar lidar com sentimentos ruins e traumas. Algo bizarro que causa preocupação sobre consequências espirituais.
Nas sessões, a jovem, que prefere ser identificada com o pronome masculino, aparece com mamadeira, urso de pelúcia, boneca, chocalho e chupeta na boca. Se mexia de forma desengonçada enquanto explorava as coisas.
Durante mais de uma hora isso é acompanhado por Rodrigo, pseudônimo, que fica em silêncio e acompanha tudo. Ele se apresenta como um caregiver, profissional que trabalha na supervisão de residências particulares, cuidando de crianças, idosos ou pessoas com deficiência.
“Cuidado para não se machucar, não bota o mordedor muito fundo senão vai passar mal”, diz ele. “Consegue falar buraco?”, continiua.
Laura respondia com sons confusos e, logo, acaba dormindo durante o que chama de sessão. Afirma que sempre acaba dormindo e volta ao normal.
Comunidade de regressão infantil no Brasil
Os adeptos à regressão infantil, chamados de “littles” tem se organizado em uma comunidade e repercutindo no Brasil pelo TikTok e Instagram. Cada vez mais adultos como a Laura praticam a regressão.
Laura criou uma loja online que vende conforto sensorial para os adultos que querem fazer a regressão, estimulando os praticantes.
Moon Queiroz, 21, formada em Pedagogia, e uma influencer no Tik Tok, é uma das clientes de Laura, e disse que pratica a “age regression” como forma de meditação. Para ela, é preciso entrar numa mentalidade infantil, não adianta só usar chupeta e mamadeira.
Sarah (pseudônimo), de 27 anos, mora sozinha em Vitória (ES) e também se veste como criança, e aprendeu a prática com a Moon no TikTok, antes disso ela se sentia uma aberração, agora já se juntou para a comunidade.
Outro praticante, é o Thiago Luis Ferreira, 22, que vive sozinho em Itapira, São Paulo, ele conta que acorda cedo, limpa a casa, faz comida, assiste desenhos infantis, desenha com a chupeta na boca, vai trabalhar e depois volta, coloca uma fralda e dorme com o seu ursinho “fofuchinho”.
A prática bizarra é criticada nas redes sociais, segundo admite a reportagem de TAB.