igreja perseguida
Alegando “proteção de florestas”, Policiais expulsam cristãos tribais na Índia
A expulsão do grupo kuki e a violência da polícia indiana geraram protestos.
Um conflito violento aconteceu na Índia quando autoridades do país expulsaram o grupo étnico kuki, alegando estar protegendo as florestas da região. O povo kuki é de maioria cristã e vive há muitos anos num vilarejo em Manipur, ao Norte da Índia. O incidente aconteceu na última sexta-feira (28), ocasião em que ocorreram vários protestos contra a expulsão dos cristãos.
De acordo com a Portas Abertas, o Fórum de Líderes Indígenas está se opondo ao mapeamento da floresta implementado pelo governo há algum tempo. A maioria dos manifestantes são cristãos tribais ameaçados pela atual gestão do partido pró-hindu BJP que busca evacuar as áreas de florestas e vilarejos onde os cristãos tribais vivem.
A equipe de polícia em Manipur usou bastões, bombas de gás e balas de borracha para dispersar a multidão. Os manifestantes, por outro lado, se uniram no local em que o governador N. Biren Singh faria um discurso para protestar. Aproximadamente 100 cadeiras e outros equipamentos foram incendiados. Por isso, o Fórum de Líderes Indígenas exigiu um cessar-fogo de 8 horas. O protesto foi considerado uma violação da lei 144, que proíbe a reunião de três ou mais pessoas sem a autorização do governo.
“A eletricidade pode ser cortada e o Wi-Fi será desligado. Ouvimos os tiros de tempos em tempos e as bombas de gás continuam sendo lançadas nos grupos de pessoas que tentam confrontar a polícia. Também ouvimos gritos e agitação. Não estamos seguros e acreditamos que a situação vai piorar”, disse uma parceira local identificada como Aisha.
Muitos cristãos perseguidos estão presos na cidade e nas áreas ao redor afetadas. A violência da polícia indiana preocupa cristãos perseguidos nos países vizinhos, como Mianmar, já que eles vivem em regiões de floresta próximas à Índia.
A expulsão do grupo kuki e a violência da polícia indiana geraram protestos e críticas por parte de organizações de direitos humanos. A Portas Abertas, por exemplo, declarou que “a situação é muito tensa e crítica”. O conflito envolve questões étnicas, religiosas e políticas, demonstrando a complexidade da situação.