O Irã é um país predominantemente muçulmano onde o governo islâmico impõe severas restrições aos cristãos, proibindo igrejas, Bíblias e qualquer forma de evangelismo. Líderes cristãos e fiéis descobertos enfrentam prisão e tortura, especialmente aqueles que se converteram do islamismo ao cristianismo. Apesar da intensa perseguição, a igreja secreta continua a crescer no país, de acordo com um relatório da organização Artigo 18.
No final de 2023, pelo menos 17 cristãos presos durante o verão receberam sentenças que variavam de três meses a cinco anos de prisão, ou punições alternativas, como multas, flagelação e serviço comunitário, como cavar sepulturas. Um dos casos mais conhecidos é o de Ebrahim Firouzi, que sofreu anos de prisão por sua fé e atividades evangelísticas.
Ebrahim Firouzi, após se converter ao cristianismo, foi acusado de apostasia e envolvimento com uma igreja doméstica, o que resultou em sete anos de prisão. Ele foi detido novamente em março de 2013, onde passou 53 dias na prisão de Evin, sendo submetido a intensos interrogatórios. Mesmo após sua libertação temporária, foi condenado a mais dois anos de exílio interno em uma área remota na fronteira do Irã com o Paquistão.
Firouzi faleceu no exílio em fevereiro deste ano devido a um ataque cardíaco. Durante sua vida, ele manteve firme sua fé e compromisso em compartilhar o Evangelho, mesmo diante da perseguição e sofrimento. Em uma entrevista à Rádio VOM, gravada há quatro anos, ele expressou sua dedicação em levar a Palavra de Deus ao povo iraniano, apesar das adversidades que enfrentou.
“Minha única prioridade era que as pessoas pudessem ouvir e receber a Palavra de Deus”, afirmou Ebrahim. Ele nunca se arrependeu de sua conversão ao cristianismo e sempre focou na recompensa eterna, dizendo: “Nunca me arrependo do meu testemunho de Cristo… Pela graça de Deus, aguentei alguns anos na prisão em troca de uma eternidade com Ele.”
A organização “A Voz dos Mártires” continua a pedir orações pelos pastores e cristãos que estão presos no Irã por sua fé. O Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas, refletindo a severidade da opressão religiosa no país.