igreja

Vídeo: Anderson Silva defende Paulo Junior contra ‘esmasculados’

em

A repercussão do caso envolvendo o pastor Paulo Junior, fundador da Igreja Aliança do Calvário, continua movimentando o meio evangélico. Após acusações ligadas a comportamentos considerados abusivos em termos de liderança, o pastor Anderson Silva se posicionou publicamente em defesa de Paulo Junior, criticando duramente a condução do episódio e a adesão de parte dos fiéis às ideias do livro Uma Igreja Chamada TOV, que teria sido o estopim para o escândalo.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, extraído de uma de suas palestras, Anderson Silva expressou indignação quanto ao tratamento dado ao pastor Paulo Junior e questionou os critérios usados por aqueles que alegam ter sofrido abusos espirituais:

“Hoje tem o livro [que fala da] igreja abusiva. Meu ovo. Igreja abusiva? Pastor abusivo? O teu Cristo é um Cristo esmagado e humilhado. Os teus treze apóstolos, todos barbarizados. Crucificados. Serrados ao meio”, declarou, fazendo referência ao sofrimento dos primeiros seguidores de Jesus (cf. 2Co 11:23-27; Hb 11:37).

Na sequência, o pastor apontou para a relativização do sofrimento nas igrejas contemporâneas: “Em que mesa, varão, tu vai sentar quando chegar lá no céu? Uma coisa é o falso profeta. Ele existe. Tomador de grana, abusador…”, afirmou, diferenciando o que, segundo ele, não se encaixa na definição de abuso.

Anderson Silva também se dirigiu diretamente aos que afirmam terem sido abusados por líderes eclesiásticos, considerando algumas dessas denúncias como frutos de uma espiritualidade fragilizada: “Conversa de ser abusado é para meninas e crianças. Homem é bereano, está com a Bíblia. Se o pastor desalinhar é seu dever levantar, sair. Pegar sua varoa, seus filhos e [sair]”, argumentou, citando Atos 17:11 como modelo de discernimento bíblico.

O pastor relembrou relatos de pessoas que congregaram por longos anos sob a liderança de Paulo Junior e que, após o rompimento, relataram episódios de abuso: “Aí vem o emasculadinho ‘eu fui obreiro treze anos e eu fui abusado’. Treze anos congregando com um pastor sério daquele. Parece com meu pastor, velho. Você é louco!”, disse, questionando a coerência dessas declarações.

A crítica se estendeu também à chamada cultura do cancelamento, prática social que, segundo ele, tem influenciado negativamente o ambiente evangélico. “Em um tempo de crise desses, você reclamar que o seu pastor é o Paulo Junior? Para agora você chegar publicamente em uma época de cancelamento, de futriqui gospel, e entregar seu pastor aos crocodilos?”, criticou.

Ao concluir sua fala, Anderson Silva fez um apelo aos fiéis para que valorizem pastores comprometidos com a pregação das Escrituras: “Meu pastor já me decepcionou muito. Você não sabe nem o nome dele. O cara forjou quem eu sou. Aí porque eu discordo de A e de B, eu pego meu pastor e entrego a essa cultura cruel de cancelamento. Meu irmão, se o seu pastor abre a Bíblia no domingo, dá um glória, irmão! Agradece! A gente está em crise. Se você congrega em uma igreja que a Bíblia é a Palavra de Deus, agradece varão”, concluiu.

Até o momento, Paulo Junior não se pronunciou diretamente sobre as novas declarações, e o caso segue repercutindo entre pastores e fiéis em todo o Brasil.

Trending

Sair da versão mobile