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Animador de ‘O Rei Leão’ deixou a Disney pela fé em Jesus

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O animador Tom Bancroft, responsável por dar vida a personagens marcantes do cinema, relatou que deixou sua carreira na Disney por causa de sua fé cristã. Ele foi o criador de Mushu em Mulan e também participou do desenvolvimento de Simba em O Rei Leão. Sua trajetória inclui ainda trabalhos em títulos consagrados como Tarzan, Aladdin, Irmãos Urso, A Bela e a Fera e Pocahontas.

Em entrevista concedida à CBN News, Bancroft contou que ingressou na The Walt Disney Company em 1988, como estagiário no projeto de A Pequena Sereia, enquanto estudava no Instituto de Artes da Califórnia. Segundo ele, o início foi uma oportunidade valiosa: “Foi uma verdadeira bênção, mas eu senti o chamado [de Deus] naqueles anos. Eu consegui fugir durante um tempo, mas o chamado ficou mais forte”, declarou.

Decisão motivada pela fé

O animador explicou que, a partir dos anos 2000, percebeu mudanças nas produções da empresa que entravam em choque com seus princípios bíblicos. “Eu honestamente vi a direção que a Disney estava tomando e eu me senti muito desconfortável com isso. Naquele momento, minha fé estava madura o suficiente para eu dizer: ‘Eu não preciso ficar aqui, mesmo que este seja o meu sonho’”, relatou.

Mesmo prestes a se tornar o animador principal do longa Lilo & Stitch, após 13 anos na empresa, Bancroft pediu demissão. “Eu rompi com a Disney e senti que sabia exatamente para onde precisava ir. Deus me deu um novo sonho”, testemunhou.

Após sua saída, Tom Bancroft passou a trabalhar em produções cristãs, incluindo o desenho Os Vegetais. Ele destacou a diferença no ambiente de trabalho: “Orávamos no início das reuniões e eu tinha acabado de sair de um estúdio onde não podia falar sobre minha fé nos corredores”. Atualmente, atua em animações de conteúdo bíblico, além de lecionar e escrever livros.

Contexto da Disney

Nas últimas décadas, a Disney adotou posicionamentos alinhados à chamada agenda woke, incorporando personagens fora dos padrões tradicionais de gênero e sexualidade em suas produções voltadas ao público infantil. Essa mudança gerou críticas de grupos conservadores.

Uma pesquisa realizada em abril de 2022 pelo Trafalgar Group, em parceria com a Convention of States Action, apontou que quase 70% dos americanos se mostraram menos propensos a consumir conteúdos da empresa após notícias indicando que a companhia estava direcionando parte de sua programação para expor crianças a ideias relacionadas à sexualidade.

O movimento coincidiu com a queda no valor das ações da Disney em relação ao seu pico de mercado. Nesse cenário, críticos apontaram que a estratégia custou caro à empresa, enquanto defensores da iniciativa afirmaram que se tratava de inclusão e atualização cultural.

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