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Antiga igreja encontrada onde Jesus fala sobre as chaves do Reino com Pedro
A igreja do século 4, uma das primeiras em Israel, foi construída onde antes era um templo de Pã.
Uma escavação no sítio arqueológico próximo ao monte Hermon, na Reserva Nacional de Banias, no norte de Israel, aponta para uma das primeiras igrejas fundadas pelos cristãos. A igreja bizantina de cerca de 400 d.C. teria sido construída onde Jesus prometeu a Pedro que edificaria a Sua igreja.
No local Cristo teria dito: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus (…)” (Mateus 16:18-19).
De acordo com o The Times of Israel, a igreja teria sido construída onde antes era um templo romano, adaptando o local para atender às necessidades do Cristianismo, segundo relatou o professor Adi Erlich da Universidade de Haifa em um breve vídeo em hebraico anunciando a descoberta.
Para o pesquisador, a igreja pode ter sido construída no local justamente por conta do diálogo com Pedro, uma espécie de marco para o Cristianismo da época. O local foi apontado como a “Cesaréia de Filipe” na época em que aconteceu o diálogo entre Jesus e Pedro.
A localização combina uma falésia, uma gruta, nascentes e um terraço criado a partir do desabamento de parte da falésia sobre a qual estava o templo romano e que foi adaptado para abrigar a igreja. Segundo o pesquisador, o local pode ter sido um templo de adoração ao deus Pã, construído por volta de 20a.C. e depois tornou-se um local de culto cristão importante.
Entre os achados no local, haviam pequenas cruzes decorando o piso de mosaico da igreja, sendo que o símbolo da cruz já era comum na iconografia cristã após o reinado de Constantino, no século IV. Onde possivelmente ficava uma estátua de Pã, os cristãos adaptaram para uma abside de igreja.
Erlich afirma que uma das descobertas chamou a atenção, pois trata-se de uma pedra enfeitada e pontilhada com cruzes, sendo possivelmente uma espécie de graffiti da época, como se fosse um “eu estive aqui”, gravado por peregrinos que visitaram o local nos séculos VI e VII.