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Apoio cristão a Israel é bíblico, diz renomado pastor

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O pastor Robert Jeffress, líder da Primeira Igreja Batista de Dallas, no Texas, posicionou-se publicamente a favor do senador Ted Cruz e do moderno Estado de Israel, em resposta ao recente debate entre o comentarista Tucker Carlson e o senador republicano. Em um sermão proferido em 22 de junho, Jeffress abordou os ataques militares ordenados pelo presidente Donald Trump contra instalações nucleares do Irã, enquadrando a ação como uma medida estratégica e moralmente justificável.

Durante a pregação, o pastor, de 69 anos, contestou diretamente as declarações feitas por Carlson, que questionou a obrigação bíblica de cristãos em apoiar Israel. “Tucker, deixe-me ajudá-lo”, afirmou Jeffress. “Apoiar Israel, antes de tudo, significa apoiar o direito de Israel de existir. A nação iraniana não acredita que Israel tenha esse direito… Ao fazer isso, estão indo contra o próprio Deus.”

Jeffress afirmou que o Estado de Israel ocupa um lugar único no plano de Deus. “Ao contrário de qualquer outra nação do mundo, Deus criou a nação de Israel. Israel foi ideia Dele, e Ele disse que Israel perdurará para sempre”, declarou o pastor. Ele também ressaltou que, diferentemente de outras nações, como os Estados Unidos, Israel possui promessas divinas específicas quanto à sua permanência.

O pastor destacou que o apoio a Israel também envolve reconhecer sua reivindicação bíblica e histórica à terra. “Sabemos, sem sombra de dúvida, que Israel ocupou aquela terra há pelo menos três mil anos”, afirmou, rejeitando as reivindicações territoriais dos palestinos. “Aqueles que se opõem a Israel estão sempre do lado errado da história. E, mais importante, estão do lado errado de Deus.”

As declarações foram feitas após o ataque militar norte-americano contra o Irã, autorizado por Trump. Jeffress descreveu a decisão como “a atitude certa”, afirmando que o presidente havia neutralizado uma ameaça tanto para Israel quanto para os Estados Unidos. Ele também revelou ter enviado uma mensagem pessoal de apoio a Trump, garantindo-lhe as orações e o respaldo de milhões de cristãos norte-americanos.

Durante o sermão, o pastor elogiou ainda o discurso presidencial feito após os ataques, no qual Trump agradeceu explicitamente a Deus. “Ele disse: ‘Quero agradecer a Deus, e só quero dizer que te amamos, Deus’. Você já ouviu outro presidente dizer isso?”, questionou Jeffress, sendo ovacionado pela congregação.

A relação entre Jeffress e Cruz é antiga. Em 2013, o senador discursou na Primeira Igreja Batista de Dallas, conclamando os cristãos a defenderem seus princípios. Na ocasião, criticou a Receita Federal (IRS), após denúncias de que a agência havia direcionado investigações contra grupos pró-vida e cristãos.

No início de junho, em entrevista a Tucker Carlson, Cruz citou Gênesis 12:3 como base bíblica de seu apoio a Israel: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. A passagem, frequentemente mencionada em círculos evangélicos, é interpretada por muitos como uma aliança perpétua de Deus com o povo de Israel.

A entrevista entre Carlson e Cruz provocou reações públicas. David Friedman, ex-embaixador dos EUA em Israel, discordou da distinção feita por Carlson entre o governo israelense atual e o povo bíblico: “A nação de Israel hoje compreende um povo que ora na mesma língua, nos mesmos lugares e com a mesma liturgia dos tempos antigos”, escreveu Friedman. “Sua fé é regida pelo Antigo Testamento. Esta é a mesma nação de Israel mencionada na Bíblia”, acrescentou, segundo o The Christian Post.

As declarações refletem um ponto de vista comum entre líderes evangélicos, que interpretam os acontecimentos no Oriente Médio à luz de promessas bíblicas. Segundo essa perspectiva, o apoio a Israel não se limita à política externa, mas carrega implicações espirituais e escatológicas, baseadas em textos como Isaías 43 e Romanos 11.

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