sociedade
Assassino do Realengo foi o anjo da morte de um Deus louco, afirma Arnaldo Jabor
O colunista compara o caso com outros crimes religiosos e diz que Deus está ausente
Arnaldo Jabor, comentarista do Jornal da Globo e da Rádio CBN, afirmou em sua coluna no Jornal que a tragédia em Realengo foi um massacre religioso e que Wellington Menezes de Oliveira foi o anjo da morte de um deus louco.
O colunista analisa os dizeres confusos e a mistura de religiões que o assassino deixou na carta de suicídio. Querendo afirmar que Deus não existe, Jabor fala sobre a criação da figura de Deus. “Na história do mundo a ideia de um Deus foi essencial para nomear o inconsciente humano e para saciar o nosso desejo de eternidade. Sem a ideia de Deus a civilização seria impossível”.
Mas para ele, hoje, essa figura criada não serve mais para consolo, pois virou um agente de terror. “Só que, com a falência da felicidade no mundo incompreensível de hoje, Deus pode deixar de ser uma fonte de consolo e se transformar em um agente do terror”, disse.
Ele diz também que o episódio fez reaparecer o deus que queimou feiticeiras na Idade Média, o deus do Irã que apedreja mulheres e outros exemplos como os atentados de 11 de setembro. Casos como esse, de acordo com o colunista, fazem surgir o deus da morte e mostra que estamos sozinhos diante de um Deus ausente.
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Fonte: Gospel Prime