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Ataque islâmico em Burkina Faso tem 160 mortos e 40 feridos
A ONU estima que mais de 1,1 milhão de pessoas foram deslocadas internamente em Burkina Faso.
Uma aldeia em Burkina Faso foi atacada na noite de 4 de julho por jihadistas, que deixaram cerca de 160 civis mortos, incluindo crianças, e outros 40 feridos, marcando o ataque mais mortal do país africano em anos.
O grupo extremista atirou em civis e incendiou casas e o mercado da aldeia de Shan, na província de Yagha, no país do Sahel, que fica no nordeste de Burkina Faso e faz fronteira com a Niger, de acordo com o The Associated Press.
Centenas de pessoas fugiram para uma cidade próxima. nenhum grupo assumiu a responsabilidade, no entanto, os analistas de terrorismo previra, que o ataque foi executado por um grupo ligado à Al-Qaeda Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin, que aumentou sua presença na região do Sahel.
Supostamente prevê que os ataques foram uma resposta a combatentes voluntários da área que lutam ao lado do Exército de forma espontânea na comunidade. No momento os militares de Burkina Faso tentam conter o aumento do extremismo islâmico na região.
Mais deslocados nos últimos meses
Nos últimos anos milhares de pessoas se deslocaram. Segundo a Agence France-Presse os militares teriam praticamente desertado essa área nos últimos meses.
O presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore, pediu três dias de luto nacional após o ataque, e denunciou o massacre de civis como “bárbaro” e “desprezível”.
A comissão de Consolidação da Paz da ONU também se manifestou e divulgou um comunicado na segunda-feira dizendo que sente profunda tristeza pelos mais de 160 civis assassinados por “assaltantes armados não identificados na região do Sahel em Burkina Faso”.
A ONU estima que mais de 1,1 milhão de pessoas foram deslocadas internamente em Burkina Faso, devido aos confrontos entre grupos armados e as forças de segurança, sendo que nos últimos meses aconteceram novos deslocamentos na região, segundo o The Christian Post.