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Augusto Cury fala sobre cristãos que sofrem depressão: “há muito preconceito”

Para o psiquiatra, essa patologia tem assombrado o ser humano da era digital

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Augusto Cury, autor de vários livros de sucesso sobre comportamento humano, faz um alerta para os sintomas de uma geração depressiva e acelerada. “As pessoas já acordam cansadas, sentem dores de cabeça e musculares, aumento da pressão sanguínea, dificuldade de lidar com pessoas lentas, sofrimento por antecipação”, exemplifica.

Em entrevista ao programa Bate Papo, da Rede Super, o psicólogo explica que é preciso “reconhecer os cárceres mentais, as deficiências emocionais e procurar um psiquiatra ou psicólogo competente”. Muitos cristãos sofrem de depressão e não se tratam. E a depressão para o especialista “é o último estágio da dor humana”.

Existe um “preconceito infantil” por parte dos cristãos, ele acredita. Quando se trata de assuntos psiquiátricos, muitos acreditam poder curar doenças através de orações. São poucos os que se submetem a algum tratamento com especialista e faz uso de medicamentos.

Bíblia cita casos de depressão

Um deles é o rei Salomão. “Ele tinha problemas emocionais graves e desenvolveu uma depressão. Era um homem inteligente intelectualmente, mas era falido emocionalmente. Poeticamente, ele disse: tudo é vaidade e que não havia nada de novo debaixo do céu”, citou.

Cury se refere aos primeiros capítulos do livro de Eclesiastes e contestou as afirmações de Salomão. “Como não há nada de novo? A vida é um espetáculo único e imperdível. Contemplar o belo faz a mente ser tranquila e serena. Além de ser vital para a felicidade humana”.

Para o escritor, Salomão estava vivendo um episódio depressivo, por isso não via mais graça em nada. “É preciso investir tempo com uma simples flor e observar suas nuances. Ou seja, fazer muito do pouco. Quem não faz isso é um mendigo emocional”, enfatiza.

Era dos mendigos emocionais

Há muitos “mendigando o pão da alegria”, sentindo fome de vida e de um estímulo maior para seguir em frente. As pessoas estão preocupadas com as coisas que ainda não aconteceram. Isso é ansiedade.

“O homem mais inteligente da história, Jesus Cristo, em minha opinião, antecipou dois mil anos e falou da ansiedade, quando ninguém ainda falava disso”, reflete.

“Que homem é esse que falou de uma patologia que assombraria cada vez mais o ser humano, principalmente hoje em dia, na era digital”, questionou admirado. Cury finalizou aconselhando as pessoas a manter suas mentes abertas, livres e saudáveis. “No cérebro humano há mais cárceres do que nas cidades mais violentas do mundo”, explica.

O escritor fez uma recomendação final: “Abrace mais e julgue menos, elogie mais e critique menos, não aponte as falhas das pessoas. Quem aponta muitas falhas está mais apto para consertar máquinas do que a lidar com pessoas”.

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