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Bento XVI é acusado de encobrir abusos sexuais de padres contra crianças

Papa emérito está sendo acusado de encobrir crimes cometidos por padres.

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Papa emérito Bento XVI (Foto: Isabella Bonotto/AP)

O Papa Bento XVI foi acusado de encobrir abusos sexuais cometidos por padres contra crianças quando foi arcebispo de Munique, de 1977 a 1982. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (20) e contradizem as negações do ex-líder católico.

“Ele foi informado sobre os fatos”, disse o advogado Martin Pusch em Munique como parte de um painel que anunciou as conclusões da investigação.

“Acreditamos que ele pode ser acusado de má conduta em quatro casos. Dois desses casos dizem respeito a abusos cometidos durante seu mandato e sancionados pelo Estado. Em ambos os casos, os perpetradores permaneceram ativos na pastoral”, acrescentou.

O Papa emérito continua negando as acusações, segundo os advogados do escritório de advocacia Westpfahl Spilker Wastl, enquanto eram reveladas as conclusões do inquérito sobre abuso sexual histórico na Arquidiocese de Munique ao longo de várias décadas.

“Durante seu mandato, ocorreram casos de abuso”, disse Pusch, referindo-se a Bento XVI. “Nesses casos, esses padres continuaram seu trabalho sem sanções. A Igreja não fez nada”, completou.

Em um comunicado, o Vaticano disse que aguardaria essa publicação detalhada do relatório antes de comentar mais. “A Santa Sé considera que deve ser dada a devida atenção ao documento, cujo conteúdo é atualmente desconhecido. Nos próximos dias […] a Santa Sé poderá examiná-lo cuidadosamente e detalhadamente”, disse.

“Ao reiterar a vergonha e o remorso pelos abusos cometidos por clérigos contra menores, a Santa Sé expressa sua proximidade com todas as vítimas e reafirma os esforços empreendidos para proteger os menores e garantir ambientes seguros para eles”, acrescentou o comunicado.

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