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Bíblia, Alcorão e Torá são satirizados em prédios de governo, na França
Imagens enormes foram projetadas nas prefeituras de Montpellier e Toulouse.
Na última sexta-feira (16) um professor foi decapitado em frente a escola onde trabalha, na França, depois de exibir desenhos que retratam o profeta Maomé a seus alunos. Em resposta, sátiras representando as principais religiões monoteistas foram projetadas em prédios de prefeituras.
As imagens, que incluíam caricaturas do profeta Maomé, vieram como forma de tributo ao professor Samuel Paty. Ele foi assassinado por um terrorista islâmico refugiado.
Abdoulakh A, de 18 anos, foi morto a tiros pela polícia depois de executar o professor Samuel Paty próximo da escola que fica localizada em Conflans-Sainte-Honorine. Além do assassino, outras 11 pessoas também foram presas como parte das investigações, incluindo quatro parentes.
Hommage à Samuel Paty et Charlie Hebdo avec la projection de unes sur la façade de l’Hôtel de Région à Montpellier. pic.twitter.com/9lSaaOKGB0
— MÉTROPOLITAIN (@myMetropolitain) October 21, 2020
Uma rede de rádios locais (FranceBleu) divulgou palavras da prefeita local, Carole Delga, que dizia que não poderia haver fraqueza diante dos inimigos da democracia, deve-se enfrentar aqueles que transformam a religião em uma arma, e também os que pretendem destruir a república.
Homens armados islâmicos já haviam atacado os escritórios do Charlie Hebdo – revista de sátira francesa – em 2015, onde mataram a maior parte do conselho editorial do jornal por publicar caricaturas do Profeta Maomé.
Os processos judiciais sobre os assassinos só foram ouvidos agora em setembro de 2020, com uma tentativa de ataque ao jornal novamente. Após a aula do professor Samuel Paty sobre liberdade de expressão, atacaram novamente o jornal e decapitaram, o professor.
O governo francês respondeu fortemente e incluiu a polícia para fazer batidas aos indivíduos e organizações que expressaram apoio ao ataque e ao agressor. Fecharam também uma mesquita em um subúrbio ao norte de Paris para reprimir os grupos islâmicos e extremistas.
Os eventos colocaram o presidente francês Emmanuel Macron sob pressão para apresentar uma resposta eficaz aos últimos ataques terroristas islâmicos. Mais de 240 pessoas morreram devido a violência islâmica desde 2015.