sociedade
Biden ameaça “reunir o mundo” se Brasil não proteger a Amazônia
Em entrevista à Americas Quarterly, democrata prometeu rever acordos comerciais visando a preservação do meio ambiente.
O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou em entrevista publicada em março que, caso vencesse as eleições no país, ,sua administração “reunirá o mundo” para pressionar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a proteger a Floresta Amazônica.
“O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido”, afirmou Biden ao Americas Quarterly, um site de publicação independente.
Na ocasião, Biden reforçou a narrativa de que a Amazônia estaria sendo destruída por incêndios, afirmando que aqueles fogos acabaram provocando uma ação global para interromper a destruição da floresta tropical. “Os incêndios que varreram a Amazônia no verão passado foram devastadores”, disse.
O site ainda perguntou se sua administração seria favorável a acordos de livre-comércio com países latino-americanos, especialmente com o Brasil, e ele condicionou qualquer acordo comercial visando garantir a criação de empregos nos Estados Unidos, proteção dos trabalhadores americanos e a preocupação com o meio ambiente.
“Nossos atuais acordos de livre comércio na América Latina – e globalmente – devem ser implementados de forma justa para que criem empregos e garantam a prosperidade para ambas as partes”, disse.
Biden chegou a dizer que levantaria 20 bilhões de dólares para “salvar” a Floresta Amazônia, sendo rechaçado imediatamente pelo presidente brasileiro, que classificou a fala do democrata como “lamentável” e “desastrosa”, já que foi interpretada como uma tentativa de comprar a soberania do país sob o território.