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Biden mantém pena de morte de atirador que matou 9 fiéis
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu não comutar a pena de morte de Dylann Roof, condenado pelo assassinato de nove membros de uma igreja historicamente negra em Charleston, Carolina do Sul, em 2015.
Roof cometeu o ataque durante um estudo bíblico na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, motivado por ideais de supremacia racial. Ele foi condenado à morte em janeiro de 2017, sendo o primeiro caso nos Estados Unidos em que um indivíduo recebeu a pena de morte por um crime de ódio federal.
Apesar de Biden ter anunciado na segunda-feira a comutação de 37 sentenças de morte federais para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, a decisão não incluiu Roof nem outros dois indivíduos em casos de grande repercussão: Dzhokhar Tsarnaev, responsável pelo atentado à Maratona de Boston em 2013, e Robert Bowers, que matou 11 pessoas na Sinagoga Árvore da Vida em Pittsburgh em 2018.
Segundo a Associated Press, a exclusão reflete a posição do governo em casos envolvendo terrorismo ou assassinatos em massa motivados por ódio.
Roof foi condenado por 33 acusações de crimes de ódio federais, incluindo assassinato e obstrução religiosa. Em 2021, um painel do Tribunal de Apelações dos EUA para o Quarto Circuito manteve sua sentença, destacando o impacto de seus atos.
A decisão judicial descreveu o ataque como um massacre deliberado e premeditado, com o objetivo de espalhar o terror além das vítimas imediatas.
Essa decisão é retrato da posição declarada do presidente Biden de limitar a pena de morte a casos específicos, ao mesmo tempo em que busca reformar seu uso no âmbito federal, de acordo com o The Christian Post.