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Bispo e política finlandesa enfrentam julgamento por declarações LGBT

Politica na Finlândia enfrenta acusações criminais por dizer que homossexualismo é pecado

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Bispo Juhana (Foto: Reprodução/International Lutheran Council)

O bispo Juhana Pohjola da Diocese de Missão Luterana Evangélica da Finlândia (ELMDF) e a política Päivi Räsänen, estão enfrentando acusações criminais de violação a igualdade e a dignidade das pessoas LGBT.

Apesar da Finlândia ter proteções legais para a liberdade de expressão e o livre exercício da religião, a procuradora-geral Raija Toiviainen descreve as ações de Räsänen e Pohjola como incitação criminosa contra um grupo minoritário e discurso de ódio.

De acordo com o principal promotor da Finlândia, Räsänen teria alimentado a intolerância e o desprezo das pessoas LGBT três vezes: em comentários em um talk show; em um tweet de 2019 onde ela citou romanos 1:24-27 e em um livreto de 23 páginas que Räsänen intitulou: Masculino e Feminino Ele Os Criou.

Pohjola está sendo acusado de publicar o livreto de Räsänen, que argumenta contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, contrasta identidades LGBT com a noção cristã do que significa ser humano, e descreve a atração do mesmo sexo como sendo pecaminosa e possivelmente o resultado de um “transtorno negativo do desenvolvimento”.

Segundo Christianity Today, sobre o julgamento, previsto para começar em 24 de janeiro, o bispo Pohjola alega não temer os resultados do processo, mas sim o sinal de silêncio que isso representa para muitos, segundo ele, seu medo é a auto censura e intimidação.

“Confesso que Deus deu dignidade, valor e direitos humanos daqueles que se identificam como homossexuais, mas ao mesmo tempo chamo os atos homossexuais de pecado e em discordância com a ordem criada e a vontade de Deus como encontrado na Bíblia“, disse Pohjola.

Como ex-presidente dos Democratas Cristãos da Finlândia e ex-ministra do Interior de 2011 a 2015, Räsänen liderou a oposição contra a aprovação de uma lei que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Finlândia.

“Ser acusada criminalmente por expressar minhas crenças profundamente mantidas em um país que tem raízes tão profundas na liberdade de expressão e religião parece irreal. Não vejo que teria de forma alguma difamado homossexuais cuja dignidade humana e direitos humanos eu sempre disse para respeitar e defender”, disse ela.

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