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Bispos católicos avançam na tratativa de negar comunhão para Biden

Apoio do presidente americano ao aborto tem gerado críticas na denominação.

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Joe Biden com sacerdote católico (Foto: Alex Brandon/AP)

Bispos católicos dos Estados Unidos votaram de forma esmagadora para avançar com as tratativas para negar comunhão ao presidente Joe Biden por seu apoio ao aborto.

Apesar de uma advertência do Vaticano, 73 por cento dos bispos aprovaram essa medida para negar a Sagrada Comunhão a Biden e outros políticos defensores do aborto.

De acordo com a CBN News, a posição do presidente americano tem sido tema de grande debate na Igreja Católica, que é contra a prática do aborto.

Biden afirma ser católico devoto, mas suas posições são contrárias ao que defende a instituição, o que tem gerado crise dentro da igreja nos Estados Unidos.

Pouco depois do anúncio da votação, um repórter perguntou se ele estava preocupado com a cisão na Igreja Católica e como ele se sentia pessoalmente a respeito.

“É um assunto privado e não acho que vá acontecer”, disse Biden.

A política da Igreja Católica diz que qualquer paroquiano em “boa posição” pode receber a comunhão na missa.

O debate em torno da comunhão para Biden aconteceu na Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.

Durante uma coletiva de imprensa no Capitólio, a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, se esquivou da pergunta de um repórter sobre sua opinião em relação ao assassinato de bebês no ventre materno.

“Um bebê por nascer com 15 semanas é um ser humano?” perguntou o repórter.

“Permitam-me apenas dizer que sou um grande apoiante de Roe v. Wade”, respondeu Pelosi. “Sou mãe de cinco filhos em seis anos. Acho que tenho alguma posição quanto a respeito ao direito de escolha da mulher.”

Desde que assumiu o cargo, Biden tem buscado derrubar regras que protejam os nascituros, incluindo a Política da Cidade do México que proibia fundos do contribuinte para abortos no exterior.

Biden também mudou sua posição sobre a Emenda Hyde que bloqueia o financiamento federal para serviços de aborto.

“Se eu acredito que a saúde é um direito, como eu, não posso mais apoiar uma emenda que torna esse direito dependente do código postal de alguém”, disse Biden.

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