política
Bolsonaro volta a indicar Augusto Aras para mais um mandato como PGR
Primeiro mandato foi marcado por atuação contra a operação Lava Jato.
Apesar das críticas e da indicação de Augusto Aras como procurador-geral da República ter sido vista como estratégia frustrada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (20) que irá conduzí-lo para mais um mandato de dois anos.
Por meio do Twitter, o chefe do Executivo informou que encaminhou ao Senado Federal a proposta para que Aras seja mantido no cargo, já que cabe aos senadores sabatinarem e aprovarem a indicação do presidente da República para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O atual mandato do chefe do Ministério Público Federal (MPF) termina na segunda quinzena de setembro, mas Bolsonaro decidiu fazer a indicação com quase dois meses de antecedência.
Em nota divulgada à imprensa, Augusto Aras disse sentir-se “honrado” com a escolha do presidente. “Honrado com a recondução para o cargo de procurador-geral da República, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as Leis do País”, afirmou.
Com a recondução de Aras, Bolsonaro volta a escolher alguém de fora da lista tríplice formulada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que promove a cada dois anos uma eleição interna.
Neste ano, a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen foi a mais votada, com 647 votos. Mário Bonsaglia e Nicolao Dino ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 636 e 587 votos. Aras sequer concorreu ao pleito, a exemplo que fez em 2019.
O primeiro mandato de Aras foi marcado pela sua atuação contra as forças-tarefas do MPF que investigaram crimes de corrupção nos meios político e empresarial, como o fim das forças-tarefas da Lava Jato e da Greenfild, assim como a dificuldade que gerou nas ações de procuradores da República de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.