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Brasil fica neutro em pedido de investigação contra Israel na ONU

Embaixador palestino da ONU critica o governo de Bolsonaro.

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Bolsonaro e Netanyahu (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Nesta quinta-feira (27), o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma investigação internacional permanente contra Israel, pressupondo crimes cometidos durante os 11 dias de conflito com o grupo terrorista Hamas.

O Brasil foi um dos países que se recusou a votar no inquérito, que teve 24 votos a favor, 9 contra e 14 abstenções.

Bahamas, Dinamarca, Fiji, França, Índia, Itália, Japão, Nepal, Holanda, Polônia, República da Coreia, Togo e Ucrânia foram os outros países que também se recusaram a votar.

Além dos países que se opuseram a ação votando contra, são eles: Áustria, Bulgária, Camarões, República Tcheca, Alemanha, Malaui, Ilhas Marshall, Reino Unido e Uruguai.

Os demais países como China, Argentina, Cuba, Venezuela, Rússia, Paquistão, México e Bolívia aprovaram a averiguação.

Brasil toma posição neutra e diplomática

A proposta da investigação foi apresentada pela Autoridade Palestina e o Paquistão representando a Organização de Cooperação Islâmica, com o objetivo de analisar o inquérito dos incidentes ocorridos antes de depois de 13 de abril.

No entanto, o Brasil adotou uma posição neutra entre os israelenses e palestinos, que rejeitou de forma clara a comissão do inquérito contra Israel.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, afirmou antes da votação que está preocupada com a morte de civis de ambos os lados e condena de todas as formas os ataques contra civis.

Porém, a delegação brasileira condenou o Hamas por ter lançado mais de 4 mil projéteis contra Israel durante os conflitos e salientou que isso “é inaceitável e mostra desrespeito pelos civis”.

Autoridades palestinas criticam o Brasil

Mesmo diante da postura do governo Jair Bolsonaro pró-Israel, Carlos França, o novo chanceler, teria entrado em contato com as autoridades árabes e informado que levaria em consideração as propensões palestinas.

Apesar disso, as autoridades da Palestina criticaram a decisão do Itamaraty. O embaixador palestino na ONU, Ibrahim Khraishi, criticou o governo de Bolsonaro e disse a coluna de Chade que:

“O Brasil era um forte apoiador da causa palestina em todos os órgãos internacionais. O que vimos nos últimos dois anos é estranho. O Brasil era um líder na busca por justiça. Espero que entendam, eventualmente, que apenas respeitando o direito internacional é que haverá justiça”.

Netanyahu critica a Comissão da ONU

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel disse que a decisão foi vergonhosa, e mostra um flagrante da obsessão anti-Israel do CDHNU.

“Mais uma vez, uma maioria automática imoral no Conselho encobre uma organização terrorista genocida que almeja deliberadamente civis israelenses enquanto transforma os civis de Gaza em escudos humanos”, acrescentou.

Todos os anos o CDHNU pede um embargo de armas contra Israel, no entanto, o novo texto pedindo a investigação permanente entra nesse mesmo documento, só que atualizado, segundo informações do The Jerusalem Post.

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