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Caio Fábio é condenado a quatro anos de prisão por seu envolvimento no “dossiê Cayman”
Único condenado pelo episódio até agora, D’Araújo foi considerado responsável por elaborar e divulgar o dossiê, incorrendo em crime de calúnia
O pastor Caio Fábio foi condenado pela Justiça Eleitoral por ter participado do chamado “dossiê Cayman”, um documento criado em 1998 para incriminar a cúpula do PSDB. O pastor pode ficar quatro anos em reclusão, cabe recurso.
Até o momento Caio Fábio D’Araújo Filho foi o único condenado, a Justiça entendeu que ele é o responsável por elaborar e divulgar o documento. Sua condenação é pelo crime de calúnia, agravado por ter envolvido o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
Participaram dessa investigação o FBI e polícia federal norte-americana. Mas mesmo com o trabalho a decisão da Justiça o pastor evangélico nega sua participação no caso.
“Tenho a consciência absolutamente tranquila. Não estou nem um pouco preocupado com isso”, disse Caio Fábio para o jornal Folha de São Paulo.
Entenda o Caso
O dossiê em questão continha dados sobre uma empresa e de contas que supostamente eram controladas por Fernando Henrique Cardoso que era candidato à reeleição naquela época.
O conjunto de papéis também mostrava depósitos de US$ 368 milhões nessas contas, dinheiro arrecado por meio de propina recebida pela privatização de empresas do setor de telecomunicações.
Entre as pessoas que integram o inquérito estavam os adversários políticos de FHC: Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, Paulo Maluf, Ciro Gomes, Marta Suplicy, Marcio Thomaz Bastos, Leonel Brizola e Benedita da Silva.
Em seu depoimento ao caso, Lula afirmou ter tido um encontro com o pastor Caio Fábio e outro com o ex-ministro Luiz Gushiken. Ao perceber que os documentos eram falsos o PT não continuou as negociações sobre o dossiê.
Com informações Folha de SP