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Católicas feministas querem igreja “sem padre, pró-aborto e LGBT”

Entidades brasileiras LGBTQIA+ querem que a igreja católica revise os seus ensinamentos.

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Papa Francisco (Foto: Reprodução/Vaticano)

Os movimentos feministas e LGBTQIA+ no Brasil querem que a Igreja Católica, uma das instituições mais tradicionais da sociedade ocidental, adapte suas regras e mude suas estruturas para se alinhar ao pensamento progressista.

Um exemplo disso é o popular grupo internacional “Maria 2.0” que está reivindicando a indicação de uma mulher ao cargo de papa, a “papisa”, que seria a maior autoridade dentro da religião.

No Brasil, entidades lutam para que a igreja católica repense os seus ensinamentos sobre o aborto e ao celibato, dentro outras questões. Um deles é a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT, fundado em 2014, e é formada por católicos gays, bissexuais e transgêneros, contando com mais de 22 grupos espalhados pelo país.

“Grupos assim estão se fortalecendo dentro da Igreja Católica. São fiéis que se organizam para mostrar que o catecismo está errado quando diz que somos ‘intrinsecamente desordenados'”, diz Cris Serra, coordenadora do movimento.

Crescimento do progressismo na igreja católica

Depois que o papa Francisco foi eleito em 2013, movimentos como esse começaram a ganhar força e repercussão, com suas propostas de mudanças estruturais na igreja.

Ivone Gebara, é uma freira feminista que luta para implantar o progressismo no Brasil. Para ela, condenar pessoas LGBTQIA+ é um erro. A igreja católica possui grande parte do seu clero homossexual e deveria falar mais sobre sexualidade e afetividade, disse a Freira ao UOL.

“Há uma boa parte do clero que é homossexual, mas o catolicismo prefere ignorar isso, negar a importância da sexualidade, da afetividade, das emoções… isso impede que a Igreja cresça e a afasta da realidade”, afirmou a freira.

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