opinião

Celso de Mello e a cegueira institucional

Maldito aquele que condena o que ele mesmo faz! (Rm 2:3)

em

Celso de Mello. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Temos visto o Decano do Supremo Tribunal Federal – STF, Celso de Mello, manifestar-se veementemente sempre que algo é dito em desfavor do STF.

Celso de Mello, utilizando-se da prerrogativa funcional do cargo que ocupa proclama discursos ácidos e inflamados contra todos aqueles que ousem cometer o “pecado” de criticar o “ilibado” Tribunal Constitucional brasileiro, vestindo a “toga” da moralidade e da ética como um verdadeiro paladino da justiça.

Todavia, fico a perguntar-me se o famigerado Decano sofre de amnésia ou se faz de cego propositadamente. Será que o autointitulado irrepreensível Ministro não vê a exposição que seus próprios pares fazem ao próprio STF e a outras instituições?

Será que Celso de Mello não vê quando Gilmar Mendes ofende o Ministério Público (instituição, inclusive, de onde Celso de Mello é originário), chamando-os de alcoólatras e a força tarefa da Lava-Jato de quadrilha?

Será que Celso de Mello não vê ou faz de conta que não vê quando Dias Toffoli instaura inquérito ao arrepio da Constituição, sendo ao mesmo tempo acusador e julgador?

Será que Celso de Mello não percebe a manobra para travar investigações contra crimes de Colarinho Branco quando o Presidente do STF proíbe o compartilhamento de dados financeiros com o Ministério Público e Receita Federal sem autorização judicial?

Celso de Mello parece sofrer de cegueira institucional grave: aquela que é voraz para criticar declarações externas ao STF, mas convenientemente omissa quando se trata das nefastas manifestações oriundas desse Tribunal que, segundo o senso do brasileiro comum, é uma das maiores vergonhas que o Brasil já teve! Parece que as hienas não se incomodam tanto assim com as risadas de seus clãs, a despeito da imoralidade que elas produzam!

Parafraseando o Apóstolo Paulo: Maldito aquele que condena o que ele mesmo faz! (Rm 2:3)

Que Deus livre nosso país do caos e da imoralidade institucional!

Trending

Sair da versão mobile