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China faz mega acordo com Irã e preocupa Oriente Médio
Acordo entre dois países foi visto como resposta aos Estados Unidos.
Nesta semana a China aumentou o seu poder no Oriente Médio com um acordo econômico de 400 bilhões de dólares americanos com o Irã, a principal ameaça contra a paz na região.
A parceria surgiu em resposta às sanções econômicas dos Estados Unidos, onde Teerã busca alívio das imposições, e a China por sua vez deseja ficar mais influente globalmente.
O intuito do acordo é fazer com que nos próximos 25 anos a China insira bilhões de dólares em vários setores do Irã como bancos, transportes, telecomunicações e infraestrutura, incluindo a energia nuclear, portos e indústrias de gás e petróleo.
O regime econômico do Irã ficará a salvo com o dinheiro, e em troca a China receberá suprimentos constantes de petróleo para alimentar a sua economia.Todos os dias a China já importa mais de 300 mil barris iraniano, agora ela ganhará mais petróleo com mais desconto.
A China desafia o Ocidente, em especial os EUA
Na corrida contra os EUA, a China ganha mais espaço no Oriente Médio, principalmente no Irã que já tem um domínio americano, podendo levar outros países a iniciarem seus trabalhos com a China.
Para Benham Ben Taleblu, da Fundação para a Defesa das Democracias em DC, os chineses estão solidificando as suas relações econômicas com todo o golfo, usando os iranianos como peão, em um jogo que desafia o Ocidente, em especial os EUA.
O autor do livro The Coming Collapse of China, Gordon Chang, falou à CBN News sobre o assunto e disse que a China já vem violando as sanções impostas pelos EUA desde o ano passado comprando petróleo do Irã.
Esse acordo também prevê mais compartilhamento de inteligência e o estreitamento dos laços militares entre o Irã e a China, causando extrema preocupação nas capitais de todo Oriente Médio, em especial Jerusalém.
O ex-chefe da Inteligência Militar de Israel, Amos Yadlin, disse a um site de notícias que “os chineses entendem que o governo Biden não é o governo Trump e podem ser muito mais agressivos”, podendo desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.