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Cientistas tentam explicar como ocorre a tentação em nossa mente
Pesquisa indica que quanto menos se pensa no assunto, melhor.
A tentação pode ter várias formas. Seja na forma de um doce para quem está de dieta, uma bebida para um alcoólico em recuperação ou uma mulher atraente para um homem casado.
Como é possível frear o impulso de ceder à tentação e manter sua integridade, seja de magreza, sobriedade ou fidelidade? Não pare para pensar. Pensar pode não ajudar. Aliás, pensar demais no assunto pode por tudo a perder.
Essa surpreendente conclusão foi anunciada depois de novo estudo realizado por Loran Nordgren e Eileen Chou, cientistas da Northwestern University, relatou a revista Psychological Science.
Os pesquisadores resolveram estudar o tema para tentar conciliar dois pressupostos contraditórios encontrados na literatura sobre o assunto. “Uma corrente mostra que a cognição durante a tentação distorce (o pensamento) de maneira que estimula o comportamento impulsivo”, diz Nordgren. “Outra corrente mostra que a tentação se vale de processos de proteção (pensamentos) que aumentam o autocontrole. Você mostra um pedaço de bolo, e o pensamento inicial da pessoa é “Estou de dieta. Não, obrigado “.
Mas as duas possibilidades desconsideraram um fator crucial: o instinto visceral. “Seja fome, sede, apetite sexual ou o simples desejo de saciedade, isso pode determinar se os mesmos processos cognitivos resultarão em um comportamento impulsivo ou em autocontrole”, destacou o cientista.
Os pesquisadores avaliaram diferentes mecanismos cognitivos, para ver como a tentação afeta as pessoas. Na primeira experiências, 49 estudantes do sexo masculino, que possuem um relacionamento estável, foram divididos em dois grupos.
Uma parte deles assistiu a um filme erótico que os deixou excitados. Os demais viram um vídeo sobre moda, que não os animou em nada. Em seguida, os pesquisadores mostraram imagens de mulheres atraentes e observaram por quanto tempo os homens olharam para elas.
Uma semana depois, a experiência foi repetida. Porém, desta vez disseram que as moças eram estudantes solteiras. Os homens do grupo que assistiu o filme erótico passaram mais tempo olhando as fotos das moças. O mesmo não aconteceu com o outro grupo. Mais exposição à tentação gerou menos fidelidade.
Em outro experimento, 53 fumantes foram divididos em dois grupos. Os do primeiro grupo foram instruídos a fumar antes da experiência, enquanto os demais ficaram sem cigarros durante três horas. Depois, todos eles relataram o prazer de fumar.
Alguns dias depois, a experiência foi feita novamente, Mas os voluntários tinham uma escolha: esperar 40 minutos para fumar e receber 3 euros ou fumar imediatamente e não ganhar o dinheiro. Como era esperado, os que haviam fumado conseguiram esperar – mas também avaliaram o prazer de fumar de forma mais negativa do que da primeira vez. Os demais não esperaram, mas avaliaram o prazer de fumar positivamente.
O que o estudo mostra? “Se analisarmos razão X emoção, a tendência será pensar que a cognição serve a interesses de longo prazo e à emoção ou à gratificação imediata. É como se tivéssemos um anjo em um ombro e um diabinho no outro”, explicam os cientistas.
Mas para a explicação psicológica é que a necessidade ou o desejo promovem impulsividade, mas também corrompem processos cognitivos que poderiam impedir tal comportamento. “Quando você passa por uma tentação real, sua racionalização some por um tempo e parece que agora existem diabinhos dos dois lados”, concluem.
O que a Bíblia diz sobre isso?
Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Traduzido e adaptado por de Yahoo News