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Claro processa Igreja Mundial por dívida de R$ 8,8 milhões

A Claro informou que tentou receber os valores de maneira amigável, mas que não obteve sucesso.

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Valdemiro Santiago (Foto: Reprodução/YouTube)

A Claro TV está processando a Igreja Mundial do Poder de Deus, por causa de uma dívida de 8,8 milhões de reais do aluguel de um canal de seu a satélite.

A operadora cobra da Igreja Mundial de Valdomiro Santiago, um valor referente a contrato assinado em maio de 2018, que estimava pagamento mensal de 560 mil reais, a fim de veicular os cultos da igreja para todo o Brasil.

Ricardo Feltrin, jornalista do Uol, informou que o contrato tinha duração de 36 meses, mas em dezembro de 2018 a igreja começou a atrasar os pagamentos.

Por causa disso, a operadora diz que a igreja deveria ter parado com a transmissão via satélite.

“Caberia à ré proceder à imediata suspensão da transmissão do sinal ao satélite da autora, haja vista que rompido os laços obrigacionais existentes entre as partes”, diz a Claro em ação.

É sabido que a transmissão via satélite da Claro funciona quando as antenas no solo enviam sinal para o satélite.

Dessa forma, o satélite reproduz o que recebe e envia aos assinantes da Claro TV, o serviço dos canais, sendo assim não há maneira de interromper essa conexão.

Por esse motivo, apesar do atraso nos pagamentos, a Igreja Mundial não conseguiria bloquear a transmissão dos cultos, que seriam transmitidos até junho de 2019, conforme contrato.

A Claro informou que tentou receber os valores de maneira amigável, mas que não obteve sucesso, por essa razão apelou à Justiça.

Informações afirmam que a Igreja Mundial fez um contraproposta de mais de 1 milhão de reais parcelados em 36 vezes, mas não houve acordo entre as partes.

Ultimamente, a Igreja Mundial tem sofrido várias condenações por causa de dívidas com proprietários de imóveis alugados para a denominação, bem como prestadores de serviços.

Mais de 2,5 milhões de reais foram penhorados pela Justiça há aproximadamente um mês.

Ao que se sabe, a igreja já soma 15 condenações dentro de 30 dias, todas elas em primeira instância no TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.

A exemplo disso, citamos um imóvel em Mogi Guaçu, onde a igreja está instalada desde 2014 e que de 2019 em diante não tem pagado seu aluguel mensal.

A Igreja Mundial ainda pode recorrer, já que seus processos são de primeira instância.

A defesa, por sua vez, diz que a igreja não visa lucros e que é sabido de todos que vem passando por dificuldades financeiras, principalmente no período de pandemia.

“Todas as igrejas do Brasil foram compelidas a fechar as portas. E a falta de arrecadação de dízimos e ofertas é a responsável pelo não pagamento,” disseram os advogados na defesa dos processos.

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