sociedade
Congresso e Supremo se armam para tentar minar reeleição de Bolsonaro
Articulação nos poderes tenta desgastes do presidente da República.
As criticas do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra a insegurança eleitoral causada pelas urnas eletrônicas e o comportamento do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, como também à CPI da Covid, provocou retaliação de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar de admitirem que não é possível impeachment do presidente, que mantém um forte apoio popular, eles tentam desgastá-lo eleitoralmente e prejudicá-lo na disputa presidencial de 2022. Uma agenda suja para minar o processo eleitoral quando livraram o ex-presidente Lula das condenações pelos crimes cometidos.
De acordo com a avaliação do cenário político, as manobras serão: 1) prorrogar os trabalhos da CPI, que não avalia uso de recursos por governadores e prefeitos; 2) Retomar a CPI das Fake News, dando fôlego para ações no TSE; 3) Avançar com ações de cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, supostamente por disparos em massa de mensagens no WhatsApp na campanha de 2018; e 4) derrubar o avanço no debate do voto impresso e auditável no Congresso.
Na quarta-feira (15) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prorrogou o funcionamento da CPI da Covid. Integrantes governistas da comissão avaliam que ela é “jogo jogado”, que já foi definido que o propósito da comissão é desgastar o governo.
A CPI da Fake News é outra tentativa de desgastar politicamente o governo, tendo sido iniciada no final de 2019 e paralisada no início do ano passado por razão da pandemia. Desde sua instalação, a comissão tem mirado na militância pró-Bolsonaro.
Na prática, no entanto, essas articulações só causam repulsa da sociedade contra a classe política, que continua ignorando as pautas que importantes para os brasileiros, como prisão após condenação em segunda instância, combate a corrupção e redução de privilégios.