opinião

Consciência e reputação

em

Consciência pode ser definida como a imediata percepção por, parte do sujeito, de todos os processos psíquicos, morais, espirituais, sociais, etc, que ocorrem dentro ou fora dele. Pode ainda ser compreendida como toda a gama de conhecimentos que o homem possui relacionados a seus atos, sentimentos e pensamentos. Sendo assim, a consciência pode ser considerada a essência do ser, bem como a fonte da verdade e do conhecimento.

Nesta linha de pensamento já discorria o filósofo Descartes: “Penso, logo existo”, estabelecendo, assim, a consciência, como a coluna e padrão de todo o conhecimento. É através da consciência que o homem sabe que existe e que se “é”, ou seja, algo pensante, uma alma desconectada, “em termos”, do corpo.

Reputação, por seu turno, é o ato ou efeito de reputar. Conceito ou avaliação obtido por uma pessoa através do público ou da sociedade em que vive

A própria Bíblia faz menção a uma boa reputação em Provérbios 22.1:

““Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e o favor é melhor do que a prata e o ouro.”

Mas o que nos leva a refletir sobre estes conceitos é exatamente a atitude de alguns ditos Cristãos, que preferem estar de bem com o mundo e assim, bem reputáveis, do que assumirem de vez sua identidade de filho do Reino de Deus e andarem na contra mão da sociedade.

Ser aceito pela sociedade e estar de bem com ela, na maioria das vezes, significa estar contra o Evangelho. A própria Bíblia afirma isto em Tiago 4.4b:

“Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”

Infelizmente muitos estão escolhendo o doce sabor da conveniência e omissão da boa reputação do que o amargo e lacerante rompimento com o mundo e suas ilusões. A opção do rompimento é dolorida, mas produzirá em nós a consciência limpa e tranquila diante de Deus.

Jesus nunca se preocupou com sua reputação, Ele sempre preferia estar de consciência tranquila com o Pai a ter momentos de auto anulação em nome de uma “boa reputação”. Era mais importante fazer a vontade do Pai do que a Sua própria ou a dos homens.

 

João 5:30

“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.”

João 6.38:

“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”

Quem vive preocupado com boas reputações nunca conseguirá viver e ser quem realmente é. Ele não é o que “é”, mas o que convém “ser”, é formatado de fora para dentro, é conforme aquilo que a mídia e o mundo ditam. Perdeu sua liberdade e identidade.

Bem definiu Sócrates a respeito:

“A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer.”

A consciência tranquila diante de Deus rompe de vez com todo o sistema deste mundo. Aquele que optou pela consciência está na contra mão do mundo, não se deixa formatar pelos ditames, conceitos, modismos; nada é mais importante do que fazer a vontade do Pai.

Aos libertos, que vivem pela consciência, tudo discernem, de ninguém são discernidos, veem  o que os formatados nunca verão, pois não podem e não tem permissão para ver, pois podem perder sua reputação. Ter reputação também os tornam cegos, surdos e mudos, em outras palavras, os bem reputáveis não “são” mais.

A maneira circunstancial nas quais você vive determinarão sua reputação. A verdade pela qual você seria capaz de morrer demonstrará a tua consciência.  Reputação é aquilo que você tem ao ingressar em uma nova comunidade. Consciência são as marcas que você deixa quando vai embora de lá. A reputação tem efeito temporal, é fugaz (passageiro). A consciência se desenvolve por toda a vida. A reputação pode deixá-lo próspero (rico) ou pobre. O boa consciência o deixará feliz ou infeliz.

Finalmente:

“A reputação são os comentários que serão ditos no seu velório. Consciência é se preocupar com o que Jesus dirá de mim naquele grande dia.”

Tenhas uma boa consciência e que Jesus te abençoe.

Trending

Sair da versão mobile