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Conservadores vencem eleições na Espanha, mas esquerda pode se manter no poder

Candidato de esquerda na Espanha recebe apoio de pequenos partidos e grupos.

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Alberto Núñez Feijoo (Foto: Reprodução/Twitter)

No domingo, a Espanha votou para um novo parlamento nacional, com resultados mostrando um país diverso e difícil de governar. Embora as pesquisas indicassem uma vitória clara do Partido Popular (conservadores), o primeiro-ministro Pedro Sánchez (social-democratas) recebeu apoio suficiente para tentar formar um novo governo.

De acordo com Evangelical Focus, Sánchez recebeu suporte de pequenos partidos de esquerda e grupos pró-independência da Catalunha e do País Basco. A pequena diferença de votos entre os maiores partidos (33% contra 31,7%) resultou em 136 assentos para o candidato do PP, Feijóo, e 124 para Sánchez, do PSOE.

Nesse sentido, 70,4% da população exerceu seu direito de voto. Na noite das eleições, Feijóo defendeu seu direito de tentar formar um governo. Mas o único parceiro possível, o partido de extrema-direita Vox, não seria suficiente para formar uma maioria de direita. O Vox conquistou 33 assentos (19 a menos do que em 2019).

Sendo assim, obter o apoio do grupo de esquerda Sumar (31 assentos) e a representação de até quatro partidos pró-independência na Catalunha e no País Basco (que juntos têm 25 assentos) seria a única opção para Pedro Sánchez continuar no poder por mais quatro anos.

Desse modo, analistas apontam para um “bloqueio” em que nem a esquerda nem a direita conseguem formar um governo, o que poderia levar a uma repetição das eleições em janeiro de 2024. Durante a campanha, os candidatos se acusaram de mentir e apresentaram imagens muito diferentes do estado da Espanha.

Além disso, algumas das principais disputas políticas foram em torno da presença de bandeiras LGBT em prédios institucionais, do futuro das pensões e do alcance das leis sobre mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental. O papel das minorias religiosas e da fé não foi um ponto de discussão para os principais partidos políticos.

Por fim, em entrevistas à mídia cristã, representantes dos três maiores partidos na Espanha elogiaram o trabalho social dos evangélicos com migrantes e sua coerência na defesa de seus valores cristãos. Os cristãos evangélicos na Espanha representam entre 1% e 2% da população.

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