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Cristão da Coreia do Norte diz que é impossível parar o Evangelho

Apesar dos incansáveis esforços do governo para eliminar o cristianismo e qualquer forma de religião, o Evangelho segue crescendo na Coréia do Norte.

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Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução/Portas Abertas)

Apesar do regime comunista severo de Kim Jong-un, onde a posse de uma Bíblia pode levar à execução, o Evangelho continua a crescer na Coreia do Norte. Mesmo diante dos incansáveis esforços do governo para eliminar o cristianismo e qualquer forma de religião, muitos corajosos, como o norte-coreano Illyong Ju, continuam a compartilhar a esperança de Cristo em seu país.

Em entrevista ao International Christian Concern (ICC), Illyong contou sobre as duras perseguições que os cristãos enfrentam na Coreia do Norte. Sua própria família foi destruída, com muitos membros levados para campos de prisioneiros políticos após sua fé ser descoberta. “O Evangelho é imparável. Sinto a obrigação de contar minha história. Espero que meu testemunho contribua para informar o mundo sobre a opressão que o povo norte-coreano está sofrendo”, disse Illyong, mantendo-se esperançoso apesar das experiências traumáticas.

Ele também revelou que, mesmo sob perseguição, a igreja subterrânea na Coreia do Norte continua crescendo. Illyong explicou que há três tipos de cristãos no país. Os “Stump Believers” são aqueles que mantêm sua fé em segredo desde antes da fundação do regime, transmitindo-a aos filhos. Os “Outside Recipients” são norte-coreanos que conheceram o cristianismo fora do país, muitas vezes na China, e retornaram, seja por vontade própria ou através de repatriações forçadas, trazendo o Evangelho com eles. Já os “Internal Acceptors” são aqueles que se converteram dentro da Coreia do Norte, geralmente por meio de contato com pessoas de fora, e agora disseminam a fé internamente.

Uma curiosidade destacada por Illyong é o fato de que, mesmo sob vigilância rígida, a Bíblia é conhecida em mercados norte-coreanos como um “livro de bênçãos”. Isso demonstra a resiliência dos cristãos no país, que continuam a viver sua fé em segredo, como os 7.000 justos mencionados na Bíblia que não se curvaram a Baal.

Illyong também trouxe à tona uma realidade alarmante: em 2023, cerca de 600 refugiados norte-coreanos foram forçados a voltar da China para seu país de origem, onde enfrentam interrogatórios brutais, torturas e, em alguns casos, execuções. Mesmo assim, ele acredita firmemente que Deus está operando, mesmo nas circunstâncias mais adversas. “Entre os crentes que retornaram do exterior, mesmo na prisão, eles continuam compartilhando sua fé”, afirmou.

Segundo ele, o desenvolvimento de mercados no país enfraqueceu o controle do regime e abriu novos caminhos para o Evangelho se espalhar, principalmente entre os jovens e a classe emergente capitalista. Illyong sonha com uma Coreia unificada sob o reinado de Jesus e conclamou cristãos de todo o mundo a se unirem ao movimento “Um Rei, Uma Coreia”, promovendo o Evangelho na península através de desertores.

“Em meio a adversidades inimagináveis, a fé dos cristãos norte-coreanos brilha intensamente. Seu compromisso inabalável com o Evangelho, apesar dos esforços do regime para silenciá-los, é um testemunho do poder incontrolável da Palavra de Deus”, concluiu Illyong.

A Coreia do Norte continua sendo o país mais perigoso para os cristãos, ocupando o primeiro lugar na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2024.

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