igreja perseguida
Cristão é condenado no Egito por promover “ideias extremistas”
Cristão não teve direito a defesa de seu advogado.
O Tribunal Econômico do Cairo condenou no dia 29 de janeiro um cristão chamado Marco Gerges culpado por “desprezar o Islã”, “explorar a religião na promoção de ideias extremistas” e “infringir os valores da vida familiar egípcia”.
O cristão foi condenado a cinco anos de prisão no Egito sob uma lei de blasfêmia, segundo a ONG Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais (EIPR, da sigla em inglês), que o representou durante o julgamento.
Gerges foi detido inicialmente sob acusação de ter imagens de cunho sexual em seu aparelho celular, o que é tido como desrespeito à religião islâmica, mas nada foi encontrado e o motivo real de sua detenção não foi esclarecido.
Ainda assim, o cristão acabou sendo acusado de cometer crimes cibernéticos no Egito e por uso da religião para promover pensamentos vistos como extremistas, mas todas as acusações foram feitas sem direito de defesa.
A organização Portas Abertas informou que a lei de blasfêmia é frequentemente usada para perseguir outras crenças, silenciando as minorias religiosas do país.
Desde o ano de 2021, ao menos três cristãos foram acusados de forma semelhante a Gerges, onde foram usadas “leis inconstitucionais e exageradas, como a blasfêmia ou a violação de valores familiares e sociais”, disse o EIPR.
Na Lista Mundial de Perseguição 2022, elaborada pela Portas Abertas, o Egito aparece em 20º lugar devido aos incidentes contra cristãos, que variam entre assédios contra mulheres e comunidades cristãs sendo expulsas por extremistas.