igreja perseguida

Cristão iraniano conta como venceu os traumas da perseguição

O processo de cura pode levar um tempo, mas é libertador

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Morad (nome fictício) é um dos muitos cristãos que foram presos no Irã por causa de sua fé em Cristo. Nas famosas prisões iranianas, os seguidores do cristianismo passam por um longo processo de torturas físicas e emocionais.

A pressão por parte das autoridades tem o objetivo de fazê-los renunciar a fé. Quando finalmente são libertados, muitos permanecem presos às memórias horríveis da prisão e outros testificam sobre as experiências que teve com Deus naquele lugar.

É o caso de Morad. Ele conta que, dentro da prisão, Deus o fortaleceu com as seguintes palavras “Fique quieto, eu estou perto de você”. Até hoje ele busca ouvir essas palavras e aplicá-las em sua vida.

Vencendo a dor do cárcere

Antes de ser preso Morad era professor em uma igreja doméstica. Depois de tudo o que enfrentou, passou um tempo participando de um treinamento pós-trauma oferecido pela equipe da Portas Abertas.

Durante os aconselhamentos, ele conta ter aprendido a criar um espaço seguro para si. “O treinamento foi um bom começo para meu processo de cura. Dia a dia minha ferida é curada”, testemunhou.

Após ser preso, o estresse das memórias, às vezes, provocava tontura em Morad. Depois de um tempo isso desapareceu, mas volta quando ele começa a aconselhar cristãos na Turquia, que é sua atual atividade.

“Enquanto estou aconselhando pessoas, elas às vezes me arrastam para seus problemas. Mas eu aprendi a manter certa distância. Criar esse espaço tem me ajudado a permanecer saudável nos últimos meses, enquanto continuo aconselhando. Apesar das muitas emoções, eu permaneci física e mentalmente saudável”, explica.

“Eu não quero que os outros me vejam como uma pessoa importante por causa do tempo na prisão pela minha fé. Eu não sou mais do que qualquer outro cristão. Eu preciso de Deus como todos nós precisamos. Então eu tento focar nele o tempo todo”, conclui.

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