igreja perseguida
Cristão perseguido revela a importância do discipulado em sua vida
“Sem treinamento, estaríamos na escuridão novamente”, afirma.
Abdallah* é um cristão ex-muçulmano do Norte da África. Com quase 60 anos, ele é um dos participantes mais antigos do treinamento de discipulado promovido pelo ministério Portas Abertas.
Mas ele está ansioso para aprender mais – não só com o professor, mas também com outros participantes. Ele claramente gosta dessa comunhão com outros cristãos. “Se isso parar, tudo para. O diabo aproveitará a oportunidade. Nós nos encontraríamos na escuridão novamente”, conta. Ele é discipulado por Kabil*, líder do treinamento na região.
Nos primeiros dois meses após sua conversão – através de um canal cristão – em 2006, ele tinha apenas o conteúdo que o pastor da TV ensinava. Isso mudou quando, por meio de um número de telefone local no final de um programa, ele se conectou com um pastor que mora a cerca de 30 quilômetros de sua aldeia natal.
“O pastor me deu minha primeira Bíblia. Comecei a estudar imediatamente. Enquanto assistia ao programa, eu acompanhava pela minha Bíblia ao mesmo tempo. Comecei a comparar a Bíblia com o Alcorão – seu antigo livro sagrado, e vi que eles tinham grandes diferenças. A Bíblia é o livro do amor”, relata.
“Eu queria compartilhar minha fé com minha família. Eu senti um desejo muito forte de falar do amor de Jesus a eles. Mas eles recusaram, não queriam ouvir. Eu me contive, porque senti que corria risco se insistisse com eles”, lembra. Ele estava preocupado com a crescente influência dos muçulmanos na região.
Tornar-se cristão significa ter de pagar um preço na localidade africana. “Minha família se recusou a ouvir sobre minha fé. Mesmo na mesquita, o imã alertava as pessoas da minha aldeia que ‘há uma família cristã entre nós’. Na escola dos meus filhos era a mesma coisa. Os alunos foram aconselhados: ‘Há cristãos aqui’. Naquela época, senti medo, embora o Senhor me dissesse para não ter medo, mas eu realmente sentia. Eu tinha meu carro preparado e planejei que, quando o Estado Islâmico chegasse, fugiria com minha família. Eu estava com medo, mas fiquei”.
Abdallah e sua esposa continuaram a crescer em sua fé. O pastor e a igreja os ajudaram. “O pastor me deu livros em árabe e francês. Toda semana íamos à igreja. O pastor me ajudou e orou por mim e isso me fez sentir à vontade. Eu segui sua pregação e em casa eu reunia minha esposa, minhas duas cunhadas e um cunhado que também se converteram para estudarmos juntos”.
Quatorze anos após sua conversão, ele ainda sente a alegria de encontrar-se com outros cristãos, estudar a Bíblia juntos e ouvir um professor que os leva a uma melhor compreensão das Escrituras.
“É muito importante estudar e entender juntos. Se eu não entendo, pergunto aos outros. É sempre melhor estudar com os outros. Mas para nós não é fácil – primeiro você precisa encontrar cristãos, o que não é comum nessa região. Muitos cristãos não se declaram, por medo da família e da comunidade muçulmana”.
As semanas de treinamento são vitais para Abdallah, sua família e seu pequeno grupo.
Você pode ajudar
Somente através do discipulado, cristãos ex-muçulmanos podem crescer e descobrir seu papel no corpo de Cristo.
Sua contribuição permite que eles participem do programa de discipulado do Norte da África.
Una-se à jornada de crescimento deles. Para saber mais, acesse a Campanha “Ajude cristãos ex-muçulmanos no Norte da África”.
*Nomes alterados por motivo de segurança