igreja perseguida

Cristãos perdem a guarda de filha adotiva no Irã

Criança ficará sob a tutela do Estado pelo resto de sua vida.

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Lydia, Sam Khosravi e Mryam Falahi (Reprodução)

Os cristãos Sam Khosravi e Mryam Falahi, pais adotivos de Lydia, que desde os três meses vive com o casal, foram condenados por participar de uma igreja doméstica no Irã. O regime islâmico decidiu tirar a criança deles por “não serem adequados para serem os pais” da menina.

A decisão proferida no dia 19 de julho foi confirmada na apelação de 22 de setembro. Apesar de reconhecer a ligação emocional de Lydia com seus pais adotivos e a dificuldade de ela vir a ser adotada por ter problemas de saúde, o juiz estabeleceu que a criança permaneça sob a tutela do Estado por toda a sua vida.

O juiz também baseou sua decisão no fato de mãe biológica de Lydia ser, supostamente, muçulmana, ainda que não seja conhecida, o que impede que cristãos venham a adotá-la. Os pais chegaram a buscar ajuda de um dos mais antigos líderes islâmicos do país, o aiatolá Naser Makarem Shirazi, que reconheceu a adoção devido ao vínculo familiar.

No entanto, apesar do documento emitido pelo aiatolá, os juízes do tribunal de apelações ignorou o documento e manteve a decisão, por não ter nenhuma “evidência específica ou razoável” para mudar o ponto de vista.

Segundo o site britânico Article 18, o magistrado indicou no documento que estava com as mãos atadas, confirmando a forte influência do regime totalitário sob as decisões judiciais. Essa não é a primeira decisão judicial contra a família.

Perseguição

Há um oano Sam Khosravi, o pai adotivo da pequena Lydia, foi condenado a um ano de prisão e dois anos em exílio interno por pregar o Evangelho. A acusação oficial é de “propaganda contra o Estado” e filiação a uma igreja doméstica.

O casal também perdeu o direito de exercer suas profissões, sendo que Maryam é enfermeira e foi proibida de atuar em qualquer hospital ou clínica de saúde do país. O esposo não pode mais atuar no setor hoteleiro.

Além disso, eles também foram multado em 400 dólares, o que é equivalente a quatro meses de salário no país. Familiares do casal também receberam sentenças semelhantes, juntamente com outras três pessoas que se converteram ao Cristianismo.

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