igreja perseguida
Cristãos são mantidos em trabalho escravo em olarias no Paquistão
Cristãos no Paquistão são submetidos a trabalhos forçados para pagar dívidas geracionais.
Para muitos trabalhadores de olarias no Paquistão, em sua grande maioria cristãos perseguidos, o perigo constante faz parte da vida cotidiana. Muitas vezes, começa às 4 da manhã nas fornalhas de tijolos. A cota diária de tijolos pode variar de 1.500 a 2.500 tijolos por família.
Na fábrica de fornalhas de tijolos, as paredes de tijolos cercando uma fornalha se estende até o céu e expele fumaça. Homens no topo da fornalha alimentando o fogo com carvão. Eles usam sapatos de madeira porque a temperatura no verão derreteria as solas de borracha.
Além da fornalha, existe uma linha de montagem de famílias nas áreas planas. Alguns membros fazem a lama e usam um carrinho de mão frágil para levá-la aos fabricantes de tijolos, que se agacham, com os joelhos completamente dobrados. Há um ritmo em seu fluxo de trabalho que é quase como música.
Nesse sentido, a maioria dos trabalhadores das olarias são cristãos perseguidos. Eles estão em servidão pagando dívidas que provavelmente serão transmitidas para a próxima geração e a seguinte. Muitos cristãos no Paquistão são pobres e discriminados como minoria. Os cristãos compreendem menos de 2% da população e aqueles que estão na base da escala econômica enfrentam uma perseguição ainda maior.
Sendo assim, os proprietários das fornalhas frequentemente atraem os crentes com empréstimos para ajudá-los a pagar contas médicas urgentes, casamentos de suas filhas, comida ou aluguel em tempos difíceis. Sem outras formas de renda ou apoio, essas ofertas são difíceis de recusar. Mas esses empréstimos são armadilhas para manter as famílias, muitas delas cristãs perseguidas, presas.
Desse modo, seus salários diários são descontados para pagamento de juros, e o pouco que sobre provavelmente os manterá em escravidão por décadas, a menos que algo quebre esse ciclo. Além disso, as olarias não são lugares seguros para mulheres cristãs ou meninas jovens, que estão vulneráveis à ameaça de assédio sexual e abuso, sem nenhuma maneira de buscar justiça. A situação é sombria.
Segundo a organização Global Christian Concern, Azeeb, um cristão devoto, está em servidão por dívida há mais de vinte anos. Ele vive em uma pequena casa na fábrica de fornalhas de tijolos. Ele tem uma grande família e nos apresenta seus filhos, filhas e netos. Assim, a família trabalha na fornalha de tijolos há quase 25 anos para pagar suas dívidas. Em meio as dificuldades, ele agradece a Deus.
“Ainda assim, agradecemos a Jesus, nosso Deus, mil vezes porque Ele nos deu saúde e coragem. Estamos vivos e comendo. Todo o meu corpo crê em Jesus. Minha esperança está apenas em Deus. Jesus pode nos ajudar. A esperança é que Deus encoraje outros crentes a nos ajudar e nos libertar do estresse da dívida”, concluiu ele.