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Defesa cobra TSE por “discussão técnica” sobre eleições
General lembrou que a apuração não pode ser secreta.
Em meio ao clima de suspeitas contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, cobrou nesta sexta-feira (10) uma discussão técnica sobre o processo eleitoral no país.
No documento, as Forças Armadas disseram que não se sentem “devidamente prestigiadas” pelo TSE, apontando que não tiveram oportunidade de fazer uma “discussão de ordem técnica com a equipe do TSE”
“Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]”, diz o ofício.
No mês passado, o TSE respondeu a questionamentos do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas, mas sem atender as sugestões dos militares, alegando que as dúvidas foram apresentadas supostamente fora do prazo à comissão de transparência do processo eleitoral.
O documento é endereçado ao ministro Edson Fachin, presidente do TSE, onde o ministro da Defesa lembra que o objetivo das Forças Armadas ao identificarem “possíveis oportunidades de melhoria” é “trabalhar, responsavelmente, para proteger o processo eleitoral e fortalecer a democracia”.
“Cabe destacar que uma premissa fundamental é que secreto é o exercício do voto, não a sua apuração”, diz a Defesa.
No último parágrafo do ofício de três páginas, o ministro da Defesa afirma que “a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores.”