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Denominação progressista pede que igrejas ajudem as “pessoas grávidas” a fazer abortos

Igreja Unida de Cristo divulgou resolução para incentivar assassinato de bebês no ventre materno.

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Movimento de esquerda pró-aborto (Foto: Joel Martinez/AP)

No 34º Sínodo Geral da Igreja Unida de Cristo (UCC), uma resolução foi aprovada de forma esmagadora, convocando as congregações membros dessa denominação liberal a oferecer apoio a “pessoas grávidas” que desejam fazer abortos.

Os delegados presentes no evento votaram a favor da medida por 611 votos, enquanto 24 foram contra e 13 se abstiveram. A resolução condenou a decisão da Suprema Corte dos EUA no caso Dobbs v. Jackson Women’s Health Organization, que ocorreu em junho de 2022. Na ocasião, a corte decidiu por 6 a 3 que o aborto não é um direito constitucional, revogando a decisão de 1973 no caso Roe v. Wade. Tal decisão também abriu caminho para que estados promulgassem restrições e proibições ao aborto em várias circunstâncias.

De acordo com a resolução, a maioria dos americanos apoia o aborto legal em todos ou na maioria dos casos, e proibições estaduais podem colocar em risco a vida das pessoas grávidas, além de aprofundar desigualdades no acesso aos cuidados reprodutivos em comunidades minoritárias.

A UCC, através da resolução, defende a resistência pacífica, incluindo a desobediência civil, às leis que proíbem o aborto e insta seus membros a utilizarem práticas de Just Peace para enfrentar as restrições ao aborto e à saúde reprodutiva.

Além disso, a resolução exorta a Assistência Ministerial do Conselho da Igreja Unida de Cristo a fornecer subsídios de emergência para cobrir custos de viagem e cuidados médicos a beneficiários médicos da denominação e outros candidatos elegíveis que necessitem de acesso a cuidados que não estejam disponíveis em seus estados de origem.

O Rev. Dakota Roberts, pastor associado da St. Peter’s United Church of Christ em Carmel, Indiana, afirmou que a UCC é uma denominação fundada nos princípios de aliança e autonomia. Ele compara a disposição da igreja em apoiar o acesso ao aborto seguro como uma extensão do conceito de igrejas-santuário que abrigam refugiados e imigrantes da deportação.

Contudo, a resolução e outros esforços da UCC contra leis pró-vida têm sido criticados. Micaiah Bilger, redator do Life News, classificou tais ações como “radicais pró-aborto” que entram em conflito com ensinamentos judaico-cristãos e as próprias Escrituras, que reconhecem a vida do ser humano ainda não nascido. Bilger argumenta que muitas pessoas, religiosas ou não, também veem o aborto como algo errado, baseando-se no reconhecimento científico de que um ser humano com DNA único já existe no momento da concepção.

A Igreja Unida de Cristo, segundo o “Relatório Nacional de Onze Anos de 2022”, possui cerca de 712.000 membros em 2022, representando uma queda significativa em relação aos quase 998.000 membros em 2012. A frequência média semanal nas congregações também sofreu uma redução, caindo de mais de 378.000 em 2012 para pouco mais de 225.000 em anos recentes.

A denominação, fundada em 1957 pela união da Igreja Evangélica Reformada e do Conselho Geral de Igrejas Cristãs Congregacionais, tem se destacado por seu posicionamento teológico progressista e foi a primeira igreja americana a permitir que casais do mesmo sexo se casassem em suas igrejas. Recentemente, a UCC elegeu sua primeira presidente mulher, a Rev. Karen Georgia Thompson.

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