vida cristã
Diretor diz que metade das faculdades bíblicas do Reino Unido estão prestes a fechar
Os principais problemas incluem a queda no número de estudantes e a alta inflação. Além da redução do número de candidatos ao treinamento ministerial.
Nos próximos dois anos, o Reino Unido pode testemunhar o fechamento de metade de suas faculdades bíblicas, segundo previsão do Dr. Anthony Royle, diretor da Kings Evangelical Divinity School (KEDS). Royle, que assumiu a direção da instituição há menos de um ano, revelou que a Associação de Diretores de Faculdades Bíblicas alertou para um cenário de falência generalizada, atribuindo o declínio ao impacto da pandemia de Covid-19, à crise econômica e à secularização crescente.
O Reino Unido possui cerca de 50 faculdades bíblicas, das quais muitas enfrentam dificuldades. Algumas já fecharam as portas nos últimos anos, como a St John’s, em Nottingham, e o Redcliffe College, em Gloucestershire. Outras instituições estão em suas últimas fases, evidenciando uma “tempestade perfeita” de desafios que ameaçam sua sobrevivência.
Os principais problemas incluem a queda no número de estudantes e a alta inflação. Além disso, a secularização no Reino Unido reduziu significativamente o número de candidatos ao treinamento ministerial, refletindo uma crise missionária nas igrejas.
Algumas faculdades têm se adaptado oferecendo cursos híbridos e flexíveis, que permitem que os alunos estudem online enquanto continuam em suas comunidades locais. No entanto, líderes de faculdades, como Sean Doherty, do Trinity College, alertam que essas mudanças, embora necessárias, não substituem a importância da formação presencial e do envolvimento na comunidade cristã.
Enquanto algumas instituições estão buscando maior colaboração, fusões e até obtenção de poder para outorgar seus próprios diplomas como solução para a crise, a falta de comprometimento tem sido um desafio. Contudo, faculdades como o Spurgeon’s College já começaram a trilhar esse caminho, obtendo independência na validação de seus diplomas.
Apesar das dificuldades, os líderes permanecem otimistas sobre o futuro da teologia e veem a formação teológica como essencial para a igreja.