sociedade
Distribuidoras evangélicas tentam combater a pirataria de DVDs
O caso é um problema em toda a indústria fonográfica tanto no meio secular como no gospel, se tornando um grande problema para as produtoras
Apesar das campanhas em TV e até mesmo nos próprios DVDs, a pirataria é um problema que ainda não conseguiu ser combatido mesmo envolvendo polícia, prefeituras, órgãos da indústria fonográfica e até mesmo as produtoras de vídeos e gravadoras.
No meio evangélico esse problema não é menor do que no meio secular, muito pelo contrário. Os números de produtos como CDs e DVDs de cantores evangélicos é fácil de ser encontrado e muitas dessas bancas estão sempre cheias de cristãos que alimentam essa indústria.
Quando o assunto é filme cristão o assunto ganha um novo vilão, pois além das bancas que vendem cópias dessas obras, a internet também distribui esses filmes fazendo com que as empresas não tenham domínio sobre a quantidade de cópias feitas e divulgadas pelo mundo virtual.
“A pirataria é um problema muito sério e afeta diretamente a nós que estamos emergindo no mercado”, diz Ygor Siqueira diretor executivo da Graça Filmes.
Ele pontua os gastos que as distribuidoras de filmes precisam arcar para trazer os títulos que em sua maioria vêm dos Estados Unidos. A distribuidora precisa pagar pelos royalties, pela dublagem, tradução, fora impostos que no Brasil são muitos.
Marcelo Valim da Comev (Comunicações Evangélicas) também fala que os gastos com a distribuição de filmes evangélicos é muito grande e que infelizmente o público cristão ainda compra produtos pirateados.
A Comev é a distribuidora de filmes como “A Chegada” um dos mais vendidos pela produtora e também um dos mais pirateados. Na luta contra esse sistema, as empresas se preocupam em manter preços justos.”No começo nossos DVDs chegavam a custar cerca de R$40,00, hoje a média é de R$24,00 e R$27,00″, diz Valim.
Sobre os filmes que caem na internet é importante dizer que muitos cineastas quando assinam com distribuidoras brasileiras não colocam no contrato o direito da empresa colocar a obra na internet, o que pode terminar em processo judicial.
“O interessante é que quando a gente pede para retirar [de sites como o Youtube] as pessoas reclamam e falam: a Graça Filmes é uma empresa cristã, mas só pensa em dinheiro”, relata Ygor Siqueira que lembra que muitos cristãos disponibilizam os filmes na rede achando “que estão fazendo o bem, mas não estão”.
Assim como a Comev, a Graça Filmes tem diminuído o valor dos DVDs para tentar diminuir a procura por cópias ilegítimas. “Já trabalhamos com um preço muito agressivo, com DVDs custando entre 35 e 49, mas hoje a média é de R$24,90”, diz o diretor executivo.
Fora tornar os preços desses produtos mais acessíveis, as empresas também precisam insistir na conscientização de que a pirataria é ilegal, e em caso de cristãos é um pecado, pois quem comercializa e também quem compra esse produto está roubando todos os profissionais que trabalham para que essas histórias cheguem até você.
“Não compre DVD pirata não, pois você está amaldiçoando sua própria vida”, encerra Ygor.
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