igreja perseguida
Ditadura de Ortega condena 11 pastores sob falsas acusações
Pastores são ligados ao ministério Mountain Gateway, sediado nos Estados Unidos.
O poder judiciário da Nicarágua, controlado pela ditadura comunista de Daniel Ortega, amigo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu uma sentença condenatória contra 11 pastores nicaraguenses ligados ao ministério Mountain Gateway, sediado nos Estados Unidos, sob acusações de lavagem de dinheiro. O caso também envolve três cidadãos norte-americanos, ainda não detidos, conforme anunciado pelo Ministério Público.
De acordo com o Christian Today, as acusações envolvem uma suposta rede de lavagem de dinheiro que operava por meio de transferências bancárias dos EUA para a Nicarágua. Essas acusações surgiram pouco depois de o ministério realizar uma série de campanhas evangelísticas massivas, atraindo, segundo os organizadores, mais de um milhão de pessoas em várias cidades da Nicarágua.
A sentença foi proferida a portas fechadas no Complexo Judicial Central de Manágua, onde o julgamento foi realizado.
Em janeiro, os promotores nicaraguenses acusaram três cidadãos norte-americanos e 11 nicaraguenses de lavagem de dinheiro, alegadamente parte de uma rede que usava duas ONGs cristãs como fachada. Os americanos John Britton Hancock, Jacob Britton Hancock e Casandra Mae Hancock são acusados de criar uma subsidiária do Mountain Gateway Ministry na Nicarágua para receber transferências eletrônicas dos EUA.
Em resposta às acusações, o porta-voz da Mountain Gateway, Steve Lisby, declarou ao Christian Daily International que “acreditamos que as acusações não estão corretas”. Ele afirmou que cumpriram as exigências do governo da Nicarágua quanto à administração financeira e que vieram para o país para compartilhar a mensagem de Jesus.
Os advogados da organização alegaram que o caso é uma forma de perseguição religiosa e política, solicitando intervenção de organizações internacionais de direitos humanos e do Departamento de Estado dos EUA.
Num comunicado à imprensa, o ministério denunciou que os pastores acusados não puderam estar fisicamente presentes no tribunal durante uma audiência, sendo obrigados a comparecer via videoconferência.
Após o veredicto, a organização cristã ADF International anunciou que levará o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, buscando garantir os direitos dos condenados.
Vários membros do Senado dos EUA, incluindo os senadores Rick Scott, Ted Cruz, Katie Britt e Tommy Tuberville, também estão defendendo o grupo, pedindo à administração Biden que tome medidas contra as violações da liberdade religiosa na Nicarágua.
Kristina Hjelkrem, jurista da ADF International, destacou a importância de proteger os direitos dos pastores e líderes ministeriais diante da perseguição religiosa na Nicarágua.