igreja perseguida
Empregadores muçulmanos forçam cristão a se converter ao Islamismo
A conversão forçada de meninas e mulheres cristãs são frequentes no Paquistão, mas a pressão sobre meninos e homens também vem crescendo.
A perseguição religiosa contra cristãos continua a ser uma dura realidade em países de maioria muçulmana, como o Paquistão. Samsoon Javed, um jovem cristão de 17 anos, foi forçado a se converter ao islamismo por seus empregadores muçulmanos e mantido sob custódia ilegal, de acordo com o relato angustiado de sua mãe, Samina Javed.
Samsoon começou a trabalhar em uma loja de gás liquefeito de petróleo (GLP) em novembro de 2022, na vila de Bhadru Minara, província de Punjab. No entanto, após ser contratado por Umar Manzoor, irmão de seu empregador original, a família começou a notar mudanças em seu comportamento. “Ele evitava a nós e seus irmãos, permanecendo em silêncio quando estava em casa”, disse Samina, que trabalha como operária de olaria e é membro de uma igreja local.
Em setembro de 2023, Samsoon não retornou do trabalho, e foi quando a família descobriu que ele havia sido forçado a se converter ao islamismo. Ao confrontar Umar Manzoor, os pais do jovem foram informados de que ele “não queria mais viver com eles”, recusando-se a deixá-los ver o filho. Quando finalmente conseguiram encontrá-lo, Samsoon parecia assustado e pressionado, evitando contato visual e afirmando que “Umar ficaria bravo” se soubesse de sua visita.
Samina acredita que seu filho está sendo mantido contra sua vontade e sob ameaça. “Vi medo em seus olhos”, relatou, temendo que Samsoon esteja sendo chantageado. A situação é agravada pela relutância da comunidade local muçulmana em ajudar e pelo risco de que seu filho possa desaparecer ou ser ferido.
Casos de conversão forçada de meninas e mulheres cristãs são frequentes no Paquistão, mas a pressão sobre meninos e homens também vem crescendo. O ativista de direitos humanos Napolean Qayyum destacou que a falta de responsabilização encoraja essas práticas, com ameaças e promessas financeiras sendo usadas para forçar minorias a se converterem. “Não há limite de idade para mudar de religião, mas forçar alguém a fazer isso, especialmente uma criança menor de idade, é inaceitável”, afirmou Qayyum.
De acordo com Morning Star News, o caso de Samsoon Javed é apenas um exemplo em meio a uma realidade mais ampla de perseguição contra os cristãos no Paquistão, que ocupa a sétima posição na Lista Mundial de Observação da Portas Abertas de 2024 dos países onde ser cristão é mais perigoso.
Samina Javed faz um apelo às organizações de direitos humanos e líderes cristãos por ajuda para buscar a justiça e recuperar seu filho. “Estamos em uma situação muito difícil”, desabafou. A situação evidencia a necessidade urgente de atenção internacional para proteger os direitos humanos e a liberdade religiosa no Paquistão.