educação financeira
Endividamento em tempos de crise: melhor fugir
“Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros…”.
É muito difícil, hoje em dia, alguém que não tenha alguma dívida, seja por financiamento, seja uma simples fatura de cartão de crédito. E não há problema nenhum em ter compromissos financeiros a pagar, desde que sejam conscientes e, mais do que isso, sejam honrados em sua data de vencimento.
Mas infelizmente essa não é a realidade; 58 milhões de brasileiros estão endividados, segundo o SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sendo que 79% não sabem se possuem ou não alguma dívida, ou seja, não tem controle do uso de seus recursos financeiros. Isso é muito grave e mostra o quanto boa parte da população não é consciente financeiramente e nem tem os preceitos bíblicos como norteadores de suas vidas.
Digo isso porque, em Romanos 13:8, Apóstolo Paulo diz: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros…”. Essa deveria ser a questão mais importante, o amor e a fé, e não o dinheiro. Por conta dessa notícia, gostaria de falar aqui hoje aos irmãos alguns caminhos para evitar essa situação. A prevenção é sempre o melhor remédio, certo? E não é diferente em relação às finanças.
É muito mais fácil agirmos diante de qualquer assunto de nossa vida terrena da mesma maneira que seguimos nossa vida espiritual, baseando-se nos mesmos preceitos. As verdadeiras virtudes devem nos guiar, seja lá qual for a questão. Somos seres humanos, é claro que não estamos livres de pecados, mas, quando entendemos isso, tudo fica mais claro, seguro e alinhado.
O que importa é saber reconhecer, se redimir, reavaliar os atos praticados e buscar melhorar para evitar que o erro volte a ser cometido, especialmente falando de finanças. Esse é o comportamento que tanto em falo em meus artigos que devemos adotar, faz parte de se educar financeiramente. Só assim estaremos atacando a causa do problema, e não apenas os reflexos dele.
Nós, consumidores cristãos, sabemos mais do que ninguém da importância da sustentabilidade, do consumo consciente e da responsabilidade social. Claro que eles possuem uma discussão muito mais complexa, no entanto, em sua essência, eles estão apontam pro mesmo caminho: cuidar do presente para garantir o futuro, vivendo melhor em diversos âmbitos.
E um dos maiores segredos é saber adequar-se corretamente ao real padrão de vida. Não se deve querer passar um “status” que não se tem. Devemos sempre viver dentro de nossas possibilidade, sem esbanjar e nem ostentar, para então permanecer com dignidade no reino de Deus. Sendo assim, desenvolvi algumas orientações para quem não quer se endividar:
- Fazer o diagnóstico financeiro anualmente;
- Ter no mínimo três sonhos (curto, médio e longo prazos);
- Elaborar um Orçamento Financeiro mensal;
- Poupar mensalmente parte do que ganha para os sonhos;
- Gastar menos do que ganha;
- Ter limites de cartão de crédito inferiores a seus rendimentos;
- Não usar cheque especial, se possível não ter;
- Manter reservas para situações emergenciais;
- Distinguir o que é essencial do supérfluo;
- Comprar sempre à vista e com desconto.