sociedade
Erdogan propõe acordo marítimo entre Israel e Turquia
Proposta para resolver problema na fronteira marítima afetaria o Chipre.
No último fim de semana a Turquia sinalizou uma possível aproximação com Israel, depois de anos de conflitos políticos. O país pretende oferecer um acordo econômico que possibilitará uma ampliação do território marítimo compartilhado pelos dois países.
O acordo está sendo preparado pelo ex-almirante Cihat Yayci, que é amigo íntimo do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, e de acordo com a proposta, os dois países poderão ter sua fronteira unida ao Chipre. Os turcos enxergam a proposta a Israel como uma extensão marítima da fronteira.
A fronteira entre Israel e Chipre ainda está em disputa, localizada na área do reservatório Yishai-Afrodite, mesmo depois de vários acordos assinados. A Turquia também está na disputa com o Chipre por várias fronteiras marítimas.
O objetivo seria tentar promover a resolução dos problemas de Ancara e de Jerusalém juntos, com um acordo bilateral entre Turquia e Israel, deixando o Chipre em apuros. A aprovação de Israel geraria uma oposição da Grécia e do Chipre.
Um alto funcionário israelense avalia que, apesar do desejo em melhorar o convívio com a Ancara, é um fracasso que isso aconteça sacrificando o Chipre. “Chipre é um aliado de Israel e a fronteira marítima entre os países é reconhecida pelas Nações Unidas e pela União Europeia”, explicou.
O documento da proposta deve aparecer no Turkeyscope, um jornal acadêmico, que será publicado pelo Centro Moshe Dayan para os Estudos do Oriente Médio e da África na Universidade de Tel Aviv, mostrando a aspiração da Turquia em se apaziguar com Israel.
O editor do Turkescope, Dr. Hay Eytan Cohen Yanarocak disse que o acordo entre Israel e a Turquia precisa ser feita com confiança, o que exigiria que os embaixadores e cônsules retornassem. E que a Turquia precisa mudar a maneira com que fala em relação ao Estado de Israel, reportou Israel365News.
“Ancara deve descartar sua relação íntima com o Hamas. Se Erdogan fizer isso, é razoavelmente seguro acreditar que Jerusalém se esforçará para encontrar maneiras de fazer o relacionamento prosperar novamente, como já aconteceu no passado”, declarou o Dr. Cohen.