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“Esperamos por justiça” diz pai de homem morto em Carrefour

Homem foi morto no Carrefour após desentendimento.

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Homem é espancado e morto por segurança e PM (Foto: Reprodução/Twitter)

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto no estacionamento do Carrefour Passo D’Areia, na zona norte de Porto Alegre, na véspera da Consciência Negra. Seu pai, João Batista Rodrigues Freitas, de 65 anos, lamentou.

O sepultamento foi marcado para esta sexta-feira dia 20, as 16h, no Cemitério São João, no IAPI, zona norte da capital do Rio Grande do Sul. Ele foi espancado e morto por dois homens, um seria o segurança do local, o outro um policial militar temporário que fazia compras.

O pai da vítima destacou que suspeita que seu filho possa ter sido vítima de racismo, pois não há outra explicação para a brutalidade que usaram contra seu filho. “Nós esperamos por Justiça. As únicas coisas que podemos esperar é por Deus e pela justiça. Não há mais o que fazer. Meu filho não vai mais voltar”, disse ele.

Segundo Freitas, enquanto seu filho estava sendo agredido ele tentou pedir socorro para a mulher, Milena Borges Alves. Ele relatou que estava num culto evangélico quando recebeu a ligação da Nora pedindo ajuda no supermercado.

“Ela me contou que o segurança apertou o meu filho contra o chão, e ele já estava roxo. Fazia sinal com a mão para ela fazer alguma coisa, tirar o cara de cima e um outro segurança empurrou a Milena”, disse o pai, aflito.

“Foi uma coisa horrível. Espero que ninguém passe por isso. Perder o filho daquela maneira, sendo agredido bruscamente por facínoras. Chamar aquilo de segurança é desmerecer os verdadeiros seguranças”, afirmou ele.

“Eu não sei o que levam as pessoas a agir desta forma. Para mim este crime teve um grau de racismo. Não é possível, uma pessoa ter tanta fúria de outra pessoa. Espero que a Justiça seja feita”, concluiu o pai da vítima.

O sr. João Batista disse que o filho fazia compras naquele mercado há anos, juntamente com sua esposa, e era um homem tranquilo. A Polícia Civil do Estado investiga o crime, que é classificado tipicamente como homicídio triplamente classificado.

Manifestantes irão ao supermercado na sexta-feira dia 20. Vídeos foram compartilhados na internet, e mostram momentos da agressão contra a vida de João Alberto e também o momento em que foi socorrido, já sem vida.

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